A deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO) registrou boletim de ocorrência contra o ex-marido, o advogado Sinomar Vaz de Oliveira Júnior, por violência física e psicológica. O caso foi levado à Delegacia de Polícia de Rio Verde, município de Goiás, e é investigado pela Polícia Civil. A parlamentar também solicitou uma medida protetiva com base na Lei Maria da Penha.
Em carta aberta publicada nas redes sociais, Marussa afirma que os abusos começaram depois do nascimento da primeira filha do casal. A deputada diz que perdoou uma traição e engravidou novamente, mas que os episódios de violência supostamente aumentaram.
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“Insisti, mesmo quando ele passou a me ferir com palavras”, escreveu a parlamentar. “Quando dizia que meu trabalho não prestava, que eu era incompetente. Quando desdenhava do meu mandato, usando até mesmo palavras de baixo calão.”
Agressões a Marussa Boldrin teriam aumentado depois das eleições
Marussa afirma que os episódios de violência pioraram depois de sua posse como deputada federal. Segundo ela, a primeira agressão física ocorreu em 2023. A segunda, neste ano, teria acontecido depois de decidir se afastar definitivamente do ex-marido.
“Em 2025, resolvi seguir com minha vida para tentar voltar a ter paz”, acusa a deputada. “Ele reagiu com ódio e me espancou pela segunda vez, agora com mais intensidade. E finalmente resolvi falar. Tive a coragem de procurar a delegacia, de fazer o boletim de ocorrência, o corpo de delito e de pedir uma medida protetiva.”
O que diz a defesa
Sinomar Júnior já ocupou o cargo de superintendente na Secretaria de Esporte de Goiás. Em nota enviada ao jornal O Globo, sua defesa negou as acusações.

“No processo (de divórcio), foi evidenciada a violação dos deveres conjugais de respeito e fidelidade por parte de sua ex-esposa, além de outros fatos relevantes que demonstram a responsabilidade pela dissolução da união”, diz o comunicado. “Sinomar Júnior nega as acusações que lhe foram imputadas, apresentando, na contestação, todos os elementos necessários para o esclarecimento dos fatos, que serão agora apreciados pela Justiça.”
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Os advogados também criticaram o uso das redes sociais para tratar do caso e afirmaram que todas as questões relativas ao divórcio tramitam sob segredo de Justiça.
“As redes sociais não são o meio adequado para tratar de questões familiares tão sensíveis, reafirmando seu compromisso com a ética, a responsabilidade e o devido respeito à intimidade das partes envolvidas”, concluiu.
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