Papa Francisco recomendou o riso como remédio em texto cheio de piadas; leia

A vida tem, inevitavelmente, as próprias experiências dolorosas, que fazem parte de todo caminho de esperança e de conversão. Mas é preciso evitar, a todo custo, deixar-se levar pela melancolia; não se deve permitir que ela degenere o coração. Há uma tristeza que se torna “o prazer do não prazer” e se delicia com uma dor infinita, como a dependência de uma bala amarga, ruim, mas que continuamos a saborear. Há também uma espécie de sedução do desespero, muito presente na consciência masoquista contemporânea que, como no belo tango argentino intitulado “Barranca Abajo”, descendo o barranco, atrai-nos cada vez mais à medida que hesitamos e escorregamos. Alguns lutos prolongados indefinidamente, nos quais a pessoa continua a ampliar a espiral do vazio de quem já não está presente, não são próprios da vida no Espírito. Certos labirintos, nos quais nos perdemos de tanto olhar apenas para os pés, e algumas amarguras rancorosas, que fazem a pessoa sempre carregar uma reivindicação, talvez de início até legítima, mas que a leva a assumir eternamente o papel de vítima, não produzem uma vida saudável, menos ainda cristã. No fim, um cristão triste é sempre um triste cristão.
Leia mais (04/30/2025 – 11h20)
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