Quando ouço ‘tudo é oportunidade’, eu sei a cor e o CEP de quem disse

Desceu dois pontos antes do habitual. Não era pelo trânsito nem pelo clima. Era pelo esgotamento. Corpo travado, mente disparada, camisa suada antes das nove da manhã. O ônibus lotado, abafado, virou cenário comum – mas pra ele, naquele dia, era o limite. Sentiu que não ia dar conta. Que não importava quantas tarefas cumprisse, quantas entregas fizesse, quantos “bom dia” sorridentes soltasse: alguma coisa dentro já tinha quebrado. E ainda assim, seguiu.
Leia mais (04/30/2025 – 18h00)
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