O Ministério do Comércio da China anunciou nesta sexta-feira, 2, que estuda uma proposta dos Estados Unidos para abrir um novo canal de diálogo sobre a guerra comercial entre os dois países.
Segundo o regime chinês, a iniciativa partiu de Washington D.C., que demonstrou interesse em retomar conversas por meio de canais diplomáticos.
De acordo com o comunicado, a disposição norte-americana apenas terá valor se vier acompanhada de ações concretas. Pequim condiciona o início de qualquer negociação à suspensão das tarifas unilaterais impostas pelos EUA, classificadas como “práticas equivocadas”.
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Para os chineses, a retirada dessas medidas serviria como demonstração mínima de boa-fé. A tensão entre as duas maiores potências econômicas do mundo ganhou novos contornos depois de os EUA imporem uma tarifa de 145% sobre produtos chineses.
Pequim respondeu com retaliação imediata: uma taxa de 125% sobre itens norte-americanos. Desde o início do conflito, mais de 180 países e regiões foram impactados.
“Em qualquer diálogo ou possível conversa, se os EUA não corrigirem suas medidas tarifárias equivocadas e unilaterais, isso simplesmente indicará que não são sinceros e prejudicará ainda mais a confiança mútua entre as partes.”, diz trecho do comunicado.
Em abril, o presidente norte-americano aplicou um imposto de 34% sobre mercadorias chinesas, justificando a medida como uma tática de pressão.
A China, em contrapartida, reagiu com tarifas proporcionais, dando início a uma escalada que se intensifica até hoje.
China rejeita pressão e exige reciprocidade
Nos últimos dias, Trump declarou publicamente que autoridades chinesas estariam buscando negociações. Entretanto, o regime chinês questiona essa versão e reitera que só aceitará conversas baseadas em respeito e reciprocidade.
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O Ministério do Comércio diz que vai interpretar como desleal qualquer tentativa de coerção dos EUA. Além disso, a China ressalta estar preparada para sustentar o embate comercial pelo tempo que for necessário.
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