Sergio Moro critica concessão de prisão domiciliar a Collor

Por meio de suas redes sociais, o senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) criticou a concessão de prisão domiciliar ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção.

A decisão foi tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por razões humanitárias, considerando o diagnóstico de doença de Parkinson e transtorno afetivo bipolar de Collor.

Na publicação, compartilhada na quinta-feira 1, Moro indaga a gravidade dos problemas de saúde do ex-presidente.

“O ex-presidente Collor, condenado por corrupção, não parecia, na audiência de custódia, ter problemas sérios de saúde”, escreveu. “Aliás, negou tê-los. Seria recomendável uma avaliação médica independente antes da concessão do benefício da prisão domiciliar.”

Justificativas para a prisão domiciliar de Collor

Ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello | Foto: Lia de Paula/Agência Senado
Ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello | Foto: Lia de Paula/Agência Senado

A decisão de Moraes seguiu a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu a prisão domiciliar devido à idade avançada de Collor, atualmente com 75 anos.

Problemas de saúde, incluindo apneia do sono e transtorno afetivo bipolar, também foram considerados. No parecer, Moraes destacou a “necessidade de respeitar a dignidade humana e o direito à saúde”.

Condições rigorosas foram impostas, como o uso de tornozeleira eletrônica e a suspensão do passaporte de Collor.

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As visitas foram restritas aos advogados constituídos legalmente. Moraes afirmou que a concessão da prisão domiciliar é uma medida excepcional, necessária quando a saúde do detento exige cuidados específicos.

Em sua decisão, o ministro também alertou que o descumprimento das condições poderá resultar na reconversão da pena para o regime fechado.

Condenação

Collor foi condenado por seu envolvimento em esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na BR Distribuidora, investigado na Operação Lava Jato. Os valores teriam chegado a R$ 29,5 milhões.

Além do ex-presidente, Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos foi condenado a 4 anos e 1 mês de prisão, e Luís Amorim a 3 anos e 10 dias. A expectativa é que Collor deixe o presídio em Alagoas em breve.

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