O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, publicou um artigo no jornal norte-americano The Washington Post a respeito dos primeiros cem dias do mandato de Donald Trump. Para ele, as medidas do novo governo em relação ao mercado de trabalho norte-americano, à imigração e ao mercado de energia “serão lembradas para sempre como os atos iniciais da Era de Ouro de nossa nação”.
Para Vance, o número de feitos nos primeiros dias da gestão Trump supera o da maioria dos governos anteriores na totalidade dos mandatos. Entre reformas na burocracia federal e a estruturação de um “gabinete de primeira linha”, diz o vice-presidente, “o mais importante é que o governo Trump está cumprindo suas promessas”.
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A medida de sucesso mais imediato teria sido a quase eliminação da imigração ilegal. Em março, a Patrulha de Fronteira registrou em torno de 95% de queda nas travessias de fronteira, em relação à média diária de 4,48 mil travessias do ano anterior.

Desde o dia da posse, diz Vance, o governo prendeu mais de 150 mil imigrantes ilegais e deportou mais de 139 mil. Apenas nove imigrantes ilegais foram liberados nos Estados Unidos, quase todos em necessidade de ajuda médica ou tendo sido testemunhas de um crime.
Durante o mesmo período em 2024, Biden liberou mais de 184 mil imigrantes ilegais em todo o país, comparou o vice-presidente. “Para acabar com a crise de fronteira de Biden, nosso governo divulgou uma mensagem simples: ‘se você vier para cá ilegalmente, você será removido’.”
Ao declarar uma emergência nacional na fronteira e restabelecer a política do “Fique no México” em seu primeiro dia de governo, Trump “deixou claro que estava falando sério”, segundo o vice-presidente.

Trump começou uma reindustrialização dos EUA, diz Vance
O artigo de JD Vance fala também do que chama de começo do processo crítico de reindustrialização da economia norte-americana e de reequilíbrio das relações com parceiros comerciais. Isso, escreve, inclui nações como a China, “que se aproveitou de nossos trabalhadores durante décadas”.
Sobre a reunião de Trump com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, Vance diz que os dois líderes “se comprometeram a buscar uma relação comercial mais equilibrada e a dobrar o comércio bilateral total entre nossas nações”. O vice-presidente conta que viajou recentemente à capital indiana, Nova Délhi, onde ele e Modi alcançaram uma estrutura de negociação para um acordo de comércio bilateral.
“Os Estados Unidos não podem mais ficar parados enquanto geração após geração de políticos não defendem nossos trabalhadores em negociações comerciais, preferindo, em vez disso, contar com mão de obra estrangeira barata — seja em fábricas offshore ou por meio de trabalhadores imigrantes mal remunerados importados para cá”, afirma.

As negociações com a Índia por uma solução de longo prazo não são exclusivas. Nas semanas seguintes ao que ficou conhecido como “Dia da Libertação” — quando Trump anunciou tarifas contra importações de uma série de países —, a Casa Branca ouviu 130 parceiros comerciais diferentes em busca de negociações. Segundo Vance, quase 20 já enviaram propostas por escrito.
O objetivo do governo é fomentar empregos nos EUA, especialmente no setor industrial. “O primeiro relatório completo de empregos deste governo mostrou sinais imediatos de nosso retorno industrial, com 10 mil novos empregos no setor de manufatura criados somente em fevereiro.”
Março, prossegue o texto, foi um dos melhores meses em termos de crescimento do setor privado nos últimos dois anos, com a adição de quase 100 mil empregos a mais do que o previsto por economistas.

Mudanças no setor energético e impacto na inflação
“Obviamente, o presidente Trump reconhece que o renascimento industrial dos Estados Unidos exigirá energia barata e abundante.” Por causa disso, o primeiro dia do mandato incluiu a assinatura do fim do acordo Green New Deal, endossado pelo Partido Democrata, e a declaração de emergência energética nacional.
Pouco depois, os chefes de agência do governo dos EUA “eliminaram inúmeras camadas de burocracia”, para tornar as empresas norte-americanas mais competitivas e a energia mais acessível. “Os Estados Unidos dominam o setor de energia, sendo que as exportações líquidas de gás natural do nosso país são as maiores do mundo”, destaca o vice-presidente.
Os benefícios, escreve, estão chegando aos consumidores. “O governo Trump está controlando a inflação histórica que o governo Biden deixou para o país”, e os norte-americanos estão pagando menos pelos itens essenciais do dia a dia. Já a desregulamentação devolveu às famílias a liberdade de escolha de eletrodomésticos, como chuveiros, lâmpadas e fogões.

Além disso, Trump recebeu bem mais de US$ 5 trilhões em investimentos anunciados desde que assumiu a presidência. Trata-se, afirma Vance, de uma declaração histórica de confiança na liderança econômica dos EUA, que deve criar cerca de meio milhão de novos empregos.
Em apenas cem dias, finaliza o texto, o governo Trump começou a derrubar as barreiras que se interpõem entre a classe trabalhadora e o sonho americano.
“As fábricas estão reabrindo, os empregos estão voltando, e os homens e mulheres esquecidos de nosso país estão liderando seu retorno”, conclui Vance. “Isso é mais do que uma recuperação dos anos Biden; é o renascimento do espírito que levou nossos ancestrais a construir a maior nação do mundo.”
O post 100 dias de governo Trump foram ‘atos iniciais da Era de Ouro’, diz JD Vance apareceu primeiro em Revista Oeste.