Ao receber alta, Bolsonaro chora e pede anistia aos presos do 8/1

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) emocionou-se ao deixar o hospital DF Star, em Brasília, neste domingo. Ao falar com a imprensa, ele voltou a defender a anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023.

Bolsonaro chorou ao abraçar uma apoiadora que esperou sua saída do hospital. O presidente de honra do PL estava internado no Hospital DF Star desde que passou por uma cirurgia no intestino, em 13 de abril.

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“A Polícia Federal vai lá pegar a Débora (dos Santos) e deixar 2 filhos chorando para trás, para ela cumprir o restante dos 14 anos de prisão?”, indagonou. “Logo a esquerda, que é contra, foi anistiada por dezenas de vezes.” 

O ex-chefe do Executivo ainda declarou que “não adianta alguém falar que anistia é perdão e dizer que o que aconteceu é imperdoável”. Ele argumentou que “não teve uma gota de sangue, arma de fogo, nada”.

Liberação de provas do STF

O ex-presidente voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao comentar a liberação de provas para sua defesa, autorizada pelo magistrado em 30 de abril. Bolsonaro voltou a reforçar que não teve envolvimento com as invasões às sedes dos Três Poderes.

“O Sr. Alexandre de Moraes falou que agora entregou tudo para nós”, prosseguiu. “Então tivemos que fazer nossa defesa sem tudo. Queria saber por que ele me vincula ao 8 de Janeiro, uma vez que eu estava nos Estados Unidos. E o que mais nos dói no coração é que são pessoas inocentes presas por até 17 anos de cadeia.”

Bolsonaro quer ir em caminhada pela anistia

Mesmo sob orientações médicas para evitar aglomerações e esforços físicos, o ex-presidente sinalizou que pretende retomar sua agenda política ainda durante o período de recuperação.

Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que pretende acompanhar a “Marcha Pacífica da Anistia Humanitária”, marcada para o dia 7 de maio, em Brasília, e convocada por apoiadores da direita.

Em uma vídeo-chamada realizada na última quinta-feira, 1º, Bolsonaro afirmou: “Se tiver condições físicas, pelo menos lá na torre me faço presente”, disse. “Não vou poder caminhar, mas na torre me faço presente, se estiver bem.”

A possibilidade de participação, ainda que simbólica, preocupa os médicos que acompanham sua recuperação. Segundo Claudio Birolini, um dos profissionais responsáveis pelo tratamento, declarou: “Passamos as instruções para que ele não participe presencialmente do ato”. “Não é recomendável neste momento”, enfatizou.

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