Uma aula de loucura woke

Já falei aqui da série The Studio (Apple TV), estrelada por Seth Rogen. Mas o último episódio merece um destaque especial. No episódio 7, Matt Remick (Rogen) e seus dois auxiliares estão animados com um novo longa metragem cujo elenco está para ser anunciado.

Esse longa é uma dessas produções onde a história não importa, mas sim o esquema de marketing atrelada ao filme. Como aconteceu com a boneca Barbie. No caso, o filme seria sobre um refresco muito popular nos EUA, o Kool-Aid (equivalente ao brasileiro Ki-Suco). O jarro do Kool-Aid será o herói do longa. O elenco está escolhido. O rapper Ice-Cube fará a voz do jarro, criado em computação gráfica.

Remick e seus produtores estão animados com o projeto, mas… Ice-Cube é negro. Associar um ator negro a um refresco em pó sem sofisticação não seria uma forma de racismo? A equipe de produção – todos brancos – começa a se preocupar. Por que a esposa do Kool-Aid (sim a jarra é casada) vai ser interpretada por uma atriz branca? Ela é trocada por uma negra.

As paranoia aumenta. O casal de atores negros vai apenas dublar as jarras animadas, os outros personagens que aparecem no filme são brancos. Isso quer dizer que só brancos são aceitáveis para serem exibidos no filme e os negros ficam escondidos por personagens de animação? Isso também não é racismo?

Este sétimo episódio de The Studio – chamado “O Elenco” – não tem nenhum militante exigindo nada. Toda a loucura woke está na cabeça dos produtores. Esse clima de terror mental, tão bem satirizado na série, pode explicar alguns desastres como a catastrófica refilmagem de Branca de Neve.

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