PF descobre nova fraude no INSS com uso de ‘pessoas fictícias’

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 6, a Operação Egrégora, que apura um novo esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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O grupo investigado usava identidades falsas para obter benefícios assistenciais destinados a idosos de baixa renda. O rombo chega a R$ 11,5 milhões.

Os agentes cumpriram três mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim, todas em Minas Gerais. A operação mira um grupo que operava há quase 20 anos com documentos falsificados.

Segundo a PF, os criminosos forjavam certidões de nascimento, identidades e comprovantes de residência para criar “pessoas fictícias”. Com isso, burlavam o sistema de concessão do Benefício de Prestação Continuada.

Em um dos casos, dez idosos reais se passaram por 40 identidades falsas. A PF afirma que os envolvidos devem responder por estelionato qualificado e associação criminosa. A investigação também evitou um prejuízo adicional de R$ 5 milhões.

Crise no INSS se aprofunda e governo tenta conter estragos

A descoberta ocorre dias depois da revelação de outro esquema bilionário de descontos indevidos sobre aposentadorias e pensões.

O escândalo provocou a queda do ministro Carlos Lupi e do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, além de impulsionar o avanço de uma CPMI no Congresso.

A nova linha de apuração revela envolvimento de entidades assistenciais e servidores públicos que teriam recebido propina. A PF agora também investiga irregularidades em contratos de empréstimos consignados.

Ao mesmo tempo, enquanto a pressão política aumenta, o governo Lula tenta elaborar um plano de ressarcimento para os milhões de aposentados prejudicados.

Uma reunião marcada para esta terça-feira deve reunir Lula, o novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior.

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O encontro também pode contar com a presença do ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius de Carvalho.

Segundo Waller Júnior, os bens bloqueados das entidades envolvidas não cobrem o prejuízo, e o Tesouro Nacional poderá ter de assumir parte dos custos.

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