A ONG Transparência Internacional reagiu à nomeação de Wolney Queiroz como novo ministro da Previdência Social. A organização afirma que a substituição não deve alterar o cenário catastrófico do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Queiroz foi o número dois de Carlos Lupi, demitido depois do escândalo de fraudes bilionárias no INSS. Em suas redes sociais, a ONG criticou a continuidade da gestão.
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A Transparência teme que a escolha não traga avanços na gestão do INSS. A entidade defende a ideia de que o governo precisa romper com práticas antigas, reforçar a fiscalização e garantir que a nova liderança atue com autonomia.
“Mudar para continuar igual”, destacou a ONG. “É a lógica da substituição de Lupi por seu secretário-executivo, que sabia do esquema bilionário e até ajudou a afrouxar as regras.”
Mudar para continuar igual. É a lógica da substituição de Lupi por seu secretário executivo, que sabia do esquema bilionário e até ajudou a afrouxar as regras.
É um insulto aos aposentados vítimas, vindo de um governo sem compromisso verdadeiro com a luta contra a corrupção. pic.twitter.com/RP4kGcSKSf
— Transparência Internacional – Brasil (@TI_InterBr) May 5, 2025
Na visão da ONG, a crise expôs falhas estruturais e exige medidas profundas. A nomeação de um aliado político direto do ex-ministro, segundo o grupo, compromete a credibilidade do processo de correção.
Deputado Zucco quer convocar novo ministro da Previdência
Wolney Queiroz, no exercício de seu mandato como deputado federal, endossou uma proposta que reduziu a fiscalização sobre os descontos em folha de aposentados e pensionistas do INSS.
A emenda prorrogou o prazo para revalidação anual das cobranças, abrindo caminho para fraudes bilionárias, agora investigadas pela Polícia Federal.
Em 2021, ele assinou a proposta ao lado de parlamentares do Partido dos Trabalhadores, do PSB e do PDT. A emenda alterava uma medida provisória e estendia o prazo de controle até o fim de 2022, com possibilidade de novo adiamento.
Como resultado, o deputado federal Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, apresentou requerimento de convocação do ministro para prestar esclarecimentos sobre a fraude no INSS.
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De acordo com Zucco, Wolney “teve ciência das irregularidades”, e, portanto, o Parlamento não pode “tolerar esse tipo de omissão”.
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