O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu não criticar diretamente Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), em relação ao recente aumento da taxa básica de juros, a Selic.
Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, liderou a decisão que elevou os juros ao nível mais alto em quase 20 anos. Essa postura contrasta com a abordagem adotada em relação ao ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
O PT não mencionou Galípolo em suas comunicações oficiais. Em uma nota publicada em seu site nesta quinta-feira, 8, o partido afirmou que a alta dos juros já era antecipada pelo mercado.
A nota enfatiza que a decisão intensifica um ciclo de aperto monetário, considerado o mais intenso da história recente, com o objetivo de controlar a inflação frente a “pressões internas e externas”.
Banco Central eleva Selic para 14,75%, maior nível desde 2006

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira, 7, elevar a taxa básica de juros de 14,25% para 14,75% ao ano. O aumento foi de 0,5 ponto porcentual.
Com essa decisão, a Selic atinge o maior patamar desde julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Naquela época, os juros estavam em 15,25% ao ano.
A decisão foi unânime. Todos os diretores, incluindo o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, votaram pelo aumento.
O Copom explicou que o cenário internacional contribuiu para a decisão. O tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou incertezas e pressiona a inflação brasileira.
O descontrole fiscal no Brasil, com gastos públicos altos, também pesou. “O ambiente externo é adverso e incerto”, argumentou o comitê. “A política econômica dos EUA, em especial a comercial, aumenta o risco global e afeta os preços nos países.”
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