Em fevereiro, o Ministério da Educação gastou mais de R$ 25 mil para enviar 600 pares de meias a parlamentares. O material promocional foi distribuído pela Secretaria de Comunicação da Presidência, com o objetivo de divulgar o programa Pé-de-Meia.
Cada par de meias custou R$ 41,80. O MEC confirmou o valor, em resposta a um requerimento protocolado pelo deputado federal Kim Kataguiri (União-SP). Os kits foram entregues a aliados e opositores do governo Lula em 25 de fevereiro, mesma data em que alunos começaram a receber a poupança de R$ 1 mil prevista pelo programa.
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As meias vinham em caixas de acrílico, acompanhadas de uma carta que atribuía aos parlamentares parte da “conquista”. O material elogiava o programa, com destaque para o papel do Congresso na aprovação da medida.
MEC explica gastos com meias
Segundo o MEC, a empresa Viver Eventos recebeu mais de R$ 36 milhões para colaborar com a campanha. A empresa é parceira do governo na promoção de propagandas para o ministério. O contrato inclui a produção de camisetas, bonés, copos e banners, entre outros itens. Não há menção a repasses da Caixa Econômica, embora isso tenha sido citado anteriormente em nota pública.
O Pé-de-Meia é uma das principais apostas do governo Lula 3. O programa oferece até R$ 9 mil a estudantes de baixa renda que frequentem as aulas, passem de ano e façam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2025, a administração federal tenta reverter a queda de popularidade com ações como essa.
A carta enviada com as meias afirma:
“Mais de 90% dos jovens do programa passaram de ano. Essa ação ajuda mais de 4 milhões de estudantes a permanecerem na escola. É uma conquista que não seria possível sem a participação dos parlamentares”.
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