O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou, entre os dias 8 e 11 de maio, a quinta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária. Realizado em São Paulo, o evento teve a presença de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e exibiu cartazes que associavam o agronegócio a envenenamentos, guerras e golpes.
Alguns desses cartazes foram mostrados em uma publicação do jornalista Nacho Lemus, da emissora Telesur. Na publicação, Lemus afirma que o grupo invasor tem “consciência de que a reforma agrária é uma luta de classes”.
As apresentações musicais contaram com protestos contra a anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro. Segundo a CNN, a escolha do tema ocorreu porque a reforma agrária perdeu força como pauta de mobilização entre os militantes.
Alckmin e ministros de Lula participam de feira do MST

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, visitou no último domingo, 11, a feira do MST em São Paulo, e ministros do governo Lula também marcaram presença: a recém-empossada Márcia Lopes (Mulheres); Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais); Luiz Marinho (Trabalho); Márcio Macêdo (Secretaria Geral da Presidência); e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).
Alckmin, em postagem no X, disse que “o MST desempenha um papel crucial para a agroecologia, a produção orgânica no Brasil e a geração de renda para a agricultura familiar”. “Conversei com agricultores, visitei os estandes e pude constatar o compromisso do movimento com o cooperativismo e a agricultura sustentável.”
Membros do segundo escalão também foram ao evento. Entre eles, estão a secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli; o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto; César Aldrighi, presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); e Kleytton Guimarães Morais presidente da Fundação BB. O MST fez um “Café com Parlamentares” e recebeu 60 deputados de vários Estados, segundo a organização.
Parcerias firmadas
Os ministros de Lula, em suas declarações, ressaltaram o que o chamam de “agricultura saudável” e “livre de agrotóxicos”. “É uma grande propaganda que a gente faz sobre essa produção”, declarou Gleisi Hoffmann. “Temos tudo para fazer um país cada vez melhor, e para isso o MST é fundamental”, afirmou a ministra, segundo o MST.

No primeiro dia da feira o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e entidades federais fecharam acordo com o MST. O Instituto Federal de São Paulo (IF/SP), os Correios e a Fundação Banco do Brasil se comprometeram, formalmente, a apoiar iniciativas do grupo, que patrocina invasões de terras pelo Brasil.
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