O presidente da Argentina, Javier Milei, cancelou um empréstimo destinado à Associação de Trabalhadores do Estado (ATE). O dinheiro serviria para a manutenção do Edifício La Pastera, localizado no Parque Nacional Lanín. De acordo com a Administração de Parques Nacionais (APN), órgão vinculado ao governo argentino, o prédio se transformou em um museu dedicado ao terrorista Che Guevara.
O espaço cultural promoveu diversas atividades que apresentaram Che Guevara como herói. Entre as ações mais notáveis, por exemplo, estava a apresentação do livro Mundo Che em Havana.
A homenagem a Che Guevara
“Mais de 50 anos depois, a Associação de Trabalhadores do Estado presta homenagem ao Comandante Ernesto Che Guevara e, por meio dele, a todos os nossos companheiros de classe que, ontem e hoje, mantêm vivo o espírito de solidariedade e a vontade de lutar por uma Argentina de justiça social”, informou a ANP, em seu site oficial.
Em comunicado, o governo argentino justificou a decisão. “A APN suspendeu este contrato, que implicava ilegalidade e uso de recursos estatais para recriar a vida deste terrorista com material multimídia”, afirmou. “Defender os recursos de todos os argentinos é um princípio inabalável do governo do presidente Javier Milei.”
O presidente da Administração de Parques Nacionais, Cristian Larsen, publicou um vídeo para comentar a decisão. “Estamos recuperando mais terras que haviam sido doadas pelo governo Kirchner”, disse. “Nomear prédios públicos com nomes de figuras partidárias distorce os valores que sustentam nossa República. Sob o governo do presidente Milei, estamos pondo fim a essa cultura demagógica.”
Larsen argumentou que a revogação de subsídios federais é um “ato de soberania” do governo Milei. “Che nunca foi um modelo a ser seguido, mas sim um exemplo de como atrocidades são cometidas em nome de certos objetivos”, acrescentou.
O espaço cultural foi inaugurado em 2008, durante o governo de Cristina Kirchner. A inauguração contou com a presença de Aleida Guevara March, uma das filhas de Che.
O museu cresceu na cidade de San Martín de los Andes, em um prédio de 1946 que funcionava como um armazém do Parque Nacional. Che e Alberto Granado, amigo do terrorista argentino, passaram uma noite lá em sua primeira viagem à América Latina, em 1952.
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