A mais recente loja de grande porte da Magazine Luiza, no edifício Conjunto Nacional, na Avenida Paulista teve o nome revelado nesta quinta-feira, 15, durante lançamento do programa Mulheres de Negócios de Luiza. A própria Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração contou a novidade: a loja será chamada de Galeria Magalu.
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O novo espaço, conforme relata a Folha de S. Paulo, ocupará a área antes pertencente à Livraria Cultura. Funcionará como uma vitrine física para todo o portfólio do grupo, ao integrar produtos de marcas como Netshoes, Kabum! e Época Cosméticos. A data de inauguração ainda não foi anunciada.
O evento desta quinta-feira foi voltado a auxiliar empreendedoras que utilizam marketplaces como o do Magalu. Luiza destacou que haverá continuidade de aspectos culturais no local.
Lá, ainda vai ser um lugar com livros, vamos manter o teatro [Eva Herz, nome da primeira dona da Livraria Cultura]”. O conglomerado é dono da Estante Virtual.
Ainda definindo a melhor forma de organizar o amplo espaço, que também abrigará uma sede do banco digital da companhia, Luiza Trajano destacou os desafios práticos, em forma de perguntas.
“Como é a loja? Como vai ser o uniforme, terá um para cada marca? Qual vai ser a sacola? Vai ser uma galeria com várias lojas.”
A escolha do Conjunto Nacional para a Galeria Magalu carrega um forte peso histórico. A Livraria Cultura foi inaugurada lá em 1969. A tradicional livraria passou por uma grande expansão em 2007 e incorporou outras quatro lojas ao lado do histórico Cine Astor.
Dificuldades financeiras, porém, fizeram a Cultura entrar em recuperação judicial em 2018. A falência foi decretada em 2023, embora essa decisão tenha sido revertida posteriormente na Justiça.
O espaço de aproximadamente 4,3 mil metros quadrados em três pisos, que antes era um conhecido ponto de encontro para amantes de livros e eventos culturais, passará por uma transformação para receber o novo conceito do Magazine Luiza.
Atualmente, as vendas realizadas nas lojas físicas correspondem a cerca de 30% do faturamento total. Ricardo Garrido, vice-presidente de plataforma do grupo, explicou que as unidades físicas desempenham funções essenciais.
Ele destaca que estas funcionam como centros de distribuição, locais para os clientes verem e experimentarem produtos, além de servirem como um canal de vendas adicional, complementando a operação online que se tornou central para a empresa.
Objetivos de Luiza Trajano
Luiza destacou algumas maneiras para fortalecer o networking entre lojistas virtuais. Segundo ela, as mulheres estão à frente de 34% das empresas parceiras em seu marketplace, com uma estimativa adicional de 15% de negócios administrados por mulheres, mesmo que formalmente registrados em nome de homens.
Com lançamento agendado para o dia 22, o programa oferecerá vantagens como a cobrança de taxas de marketplace reduzidas para as participantes.
Também facilitará o acesso a ferramentas relevantes, compartilhará conhecimento sobre acesso a crédito e criará grupos para a troca de experiências, relata a Folha. Um sistema de premiação e reconhecimento também está previsto para destacar as lojistas com performance notável.
Dentre as atividades de capacitação, estão previstos conversas com a própria Luiza Trajano, em um formato inspirado no programa Roda Viva, da TV Cultura. Oficinas que abordarão o uso de inteligência artificial para a divulgação de produtos e outras ferramentas tecnológicas também fazem parte do pacote de treinamento oferecido.
A iniciativa abrangerá todas as marcas que integram o ecossistema do Magazine Luiza. As taxas aplicadas pelo grupo sobre as vendas no marketplace variam de 10% a 20%, dependendo do tipo de produto comercializado.
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Empreendedoras de pequeno e médio porte serão priorizadas no programa. Elas representam a maioria no ambiente de marketplace. Dados da empresa indicam que 80% das lojistas mulheres na plataforma do Magalu têm faturamento mensal inferior a R$ 4.200, e somente 3% registram receitas acima de R$ 500 mil.
Luiza, porém, fez questão de frisar a abrangência. “Mas é para as grandes também, queremos todas as mulheres”, ressaltou ela.
O incentivo à diversificação de canais de venda para os parceiros também foi mencionado pela executiva. “A gente mesmo incentiva que os parceiros trabalhem em outros marketplaces, eles precisam ter vários canais”, disse a CEO do Magalu.
Ao explicar a escolha da nomenclatura para a iniciativa, Trajano comentou: “Não quis usar a palavra empreendedora [no nome] porque está muito batido, eu quis usar mulheres de negócio.”
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