No Senado, Wolney discute com Moro e Girão

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, prestou depoimento sobre a fraude do INSS na audiência da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado Federal. A sessão ocorreu nesta quinta-feira, 15. 

Durante as indagações dos senadores Eduardo Girão (Novo-RN) e Sergio Moro (União-PR) sobre o que teria feito para “evitar esse escândalo todo”, Wolney Queiroz pareceu irritado e iniciou uma discussão.

Sergio Moro indaga ações para coibir a fraude do INSS

Na sua fala, Sergio Moro também indagou Wolney Queiroz: “Vossa excelência fez alguma coisa para coibir essas fraudes?”. O ministro de Lula não respondeu diretamente. Ele citou uma reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, que revelou novas informações sobre as fraudes no INSS.

“Ontem, por exemplo, eu estava assistindo o Jornal Nacional, e teve uma denúncia em 2020, um servidor em 2020 denunciou à PF que havia descontos indevidos, que havia fraudes, essas denúncias foram feitas em 2020, senador, parece que vossa excelência era ministro da Justiça nessa época”, declarou. “Vossa excelência fez alguma coisa para coibir essas fraudes?”

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Sergio Moro respondeu de forma ríspida, negando ter tido acesso à denúncia na época e acusando o ministro de tentar culpá-lo injustamente: “Não, não chegou ao meu conhecimento, mas ao de vossa excelência chegou”.

“Vossa excelência quis me acusar de algo impróprio”, afirmou o parlamentar. “Porque vossa excelência estava no ministério quando teve a fraude, secretário-executivo, não fez nada, não fez nada, e quer me acusar.”

A resposta elevou o tom da discussão. O ministro insistiu que a responsabilidade era maior por parte de Moro, já que ele chefiava a pasta da Justiça, à qual a Polícia Federal (PF) é subordinada.

“Eu não queria ficar nesse bate-boca, mas vossa excelência como ministro da Justiça tinha mais obrigação de saber do que eu”, argumentou Wolney Queiroz. “Foi nosso governo que chamou a polícia.”

A Oeste, Sergio Moro destacou que o caso citado por Wolney Queiroz ocorreu depois da sua saída do governo Jair Bolsonaro (PL) e, portanto, não teve qualquer conhecimento prévio das fraudes.

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