Em série de vídeos, PT culpa Bolsonaro por esquema de fraude no INSS

Uma série de vídeos lançada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) nas redes sociais responsabiliza o ex-presidente Jair Bolsonaro pelas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A campanha, chamada “Verdade sobre o INSS”, fala de irregularidades que supostamente ocorreram durante o governo anterior e destaca medidas atuais do governo Luiz Inácio Lula da Silva para “reverter” esses prejuízos.

De acordo com o partido, o objetivo declarado da campanha é “evidenciar o empenho do governo atual no combate a essas fraudes e na defesa dos direitos dos aposentados”.

A série do PT contra Bolsonaro

A primeira parte da campanha aborda a existência de um esquema considerado criminoso, que teria causado o congelamento de benefícios do INSS na gestão passada. O PT alega que o governo Lula trabalha para restabelecer os pagamentos e assegurar os direitos dos aposentados.

No segundo episódio, o foco está em descontos indevidos, que teriam começado sob Bolsonaro, permitindo que associações fizessem cobranças diretamente na folha de pagamento de beneficiários.

No terceiro vídeo, a legenda petista argumenta que as fraudes no INSS cresceram de forma significativa durante o mandato de Bolsonaro, sem que providências eficazes fossem tomadas para impedir a continuidade dessas práticas.

Já no quarto episódio, o PT aponta para o envolvimento de chefias do INSS, alegando conivência de gestores com esquemas ilícitos, o que teria agravado as irregularidades internas.

Esquerda atuou para manter descontos que resultaram em fraudes no INSS

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O presidente eleito, Lula, indica Carlos Lupi, presidente do PDT, ao cargo de ministro da Previdência – 29/12/2023 | Foto: Ton Molina/Estadão Conteúdo

A proposta de uma CPMI para apurar desvios no INSS dominou as redes sociais. O foco do embate é a regulamentação que permitiu descontos diretos em aposentadorias, usada ilegalmente para desviar recursos.

Aliados de Jair Bolsonaro acusam o governo Lula de envolvimento no esquema, com Nikolas Ferreira (PL-MG) à frente das críticas. Já a base de Lula aponta que as brechas foram abertas na gestão anterior. Apesar das alegações, o Congresso, com apoio da esquerda, alterou MPs de Bolsonaro. A medida derrubou trechos e ampliou prazos para descontos — inclusive enfraquecendo controles. Bolsonaro, na época, aceitou as mudanças para evitar derrotas no Congresso.

O debate começou em 2019, com a MP 871, que exigia revalidação anual de descontos associativos. A esquerda reagiu com dezenas de emendas para eliminar ou adiar a regra. Carlos Veras (PT-SP), irmão do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), liderou as articulações. Em 2023, a Contag recebeu R$ 426 milhões e virou alvo da PF na Operação Sem Desconto.

Outro ponto de disputa foi a retirada dos sindicatos da comprovação da atividade rural. A MP previa o fim dessa prerrogativa, mas partidos de esquerda apresentaram 18 emendas para manter o modelo antigo ou postergar mudanças. Apenas Espiridião Amin (PP-SC) propôs uma transição gradual até 2022.

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