A análise do genoma completo de 2.723 brasileiros revelou que as trajetórias históricas e os fluxos migratórios de cada região do país deixaram marcas profundas no DNA da população. Em todas as regiões, a miscigenação é predominante. A ancestralidade europeia, contudo, aparece como majoritária, mesmo no Norte e no Nordeste.
Ainda assim, a herança genética de povos indígenas e africanos é significativa em todo o território nacional. Ela chega, segundo o jornal Folha de S.Paulo, a superar a europeia em locais como principalmente o Amazonas (no caso da ancestralidade indígena) e a Bahia (na influência africana).
DNA do Brasil: genomas de várias regiões
Os dados integram o projeto DNA do Brasil, conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), como Tábita Hünemeier, Lygia da Veiga Pereira e Alexandre Pereira. Os principais resultados estão presentes, desde a última quinta-feira, 14, na revista Science, uma das mais importantes publicações científicas do mundo.
A amostra do estudo incluiu participantes de todos os estados do Sudeste, além de Bahia, Sergipe e Ceará, no Nordeste; Amazonas e Pará, no Norte; Rio Grande do Sul, no Sul; e Goiás, no Centro-Oeste. A menor representação é de Goiás, com apenas quatro genomas. São Paulo respondeu por 1.162 participantes, o equivalente a 43% da amostra total – percentual acima da média da população paulista no Brasil (25%).
Apesar desse desequilíbrio, os cientistas afirmam que os resultados representam bem a diversidade genética do país. Segundo Tábita Hünemeier, parte significativa dos participantes paulistas tem pais nascidos em outros estados, o que ajuda a reduzir o viés regional. “É uma limitação modesta, especialmente porque encontramos proporções de ancestralidade muito mais diversas do que em estudos anteriores”.
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