A primeira-dama Janja Lula da Silva se pronunciou nesta segunda-feira, 19, pela primeira vez sobre a polêmica envolvendo sua fala durante o jantar com o presidente da China, Xi Jinping. O episódio provocou desconforto dentro do governo e expôs uma crise diplomática.
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Durante a abertura de um evento promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Janja reforçou seu compromisso com a defesa de crianças e adolescentes. Ela destacou a urgência de responsabilizar plataformas digitais pela disseminação de conteúdos nocivos e justificou sua postura ao abordar o tema com o líder chinês.
“Eu quero dizer que a minha voz — vocês podem ter certeza de que — vai ser usada para isso”, disse Janja. “E foi para isso que ela foi usada na semana passada, quando eu me dirigi ao presidente Xi Jinping após a fala do meu marido sobre uma rede social.”
Em tom direto, Janja reagiu às críticas que surgiram depois da divulgação do episódio. “Quero dizer que, eu como mulher, não admito que alguém me dirija [a palavra] dizendo que eu tenho que ficar calada”, enfatizou. “Eu não me calarei quando for para proteger a vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes.”
A divulgação da conversa de Janja causou mal-estar entre diplomatas e membros do governo
A divulgação da conversa causou mal-estar entre diplomatas e membros do governo. A jornalista Andreia Sadi revelou que a fala da primeira-dama teria constrangido a diplomacia brasileira. A informação irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que confirmou ter introduzido o assunto com Xi Jinping.
Lula responsabilizou assessores pelo vazamento da conversa reservada. Internamente, o episódio gerou tensão no Palácio do Planalto. Ministros próximos ofereceram seus celulares para demonstrar lealdade e tentar apaziguar a crise.
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