O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que é “impossível” que o traficante Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, mantenha contato com outros membros da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Tuta chegou ao Brasil neste domingo, 18, e foi transferido para a penitenciária federal de Brasília. Quem está preso no mesmo lugar é o traficante Marcola, outro líder do PCC.
“O presídio de Brasília é o mais seguro”, disse o ministro, em entrevista coletiva, nesta segunda-feira, 19. “Não há nenhum perigo de contato deles com eventualmente outros membros de facção, esse contato é impossível.”
Lewandowski elogiou a operação que levou à prisão do traficante. “Essa foi uma operação extremamente complexa, conduzida com rapidez e cooperação”, disse. “Tivemos o apoio do Itamaraty, das autoridades bolivianas e da Polícia Federal (PF), que atuou com competência e agilidade.”
O ministro afirmou que Tuta está à disposição da Justiça e deve permanecer no sistema penitenciário federal por tempo indeterminado.
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Também participaram da coletiva o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza. Este último informou que chefes de polícia da América do Sul irão se reunir ainda nesta semana, em Brasília, para discutir ações de combate ao crime organizado transnacional, com foco no tráfico de drogas e armas.
Transferência de Tuta envolveu cooperação internacional
Tuta foi expulso da Bolívia neste domingo, por decisão judicial. A medida determinou a saída imediata do país. Ele foi entregue à Polícia Federal na cidade de Corumbá (MS) e transferido em avião da PF até Brasília.
A operação envolveu 50 policiais federais, 18 agentes da Polícia Penal Federal e contou com apoio das polícias Militar e Civil do Distrito Federal. A ação foi coordenada pelos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores.
O traficante foi preso na sexta-feira 16, ao tentar renovar seu registro de estrangeiro na Bolívia usando documento falso. Ele estava foragido havia cinco anos. No Brasil, foi condenado a 12 anos de prisão por organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
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Durante a coletiva de imprensa desta segunda-feira, autoridades destacaram que a operação foi complexa e exigiu integração entre diversas forças policiais. Lewandowski classificou a ação como um exemplo bem-sucedido no combate ao crime organizado.
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