‘Provas apresentadas contra kid preto são falsas’, diz Jeffrey Chiquini

O advogado Jeffrey Chiquini, defensor do tenente-coronel do Exército Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrante do grupo de elite kids pretos, afirmou, ao deixar o julgamento do núcleo 3 na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que as provas usadas como base para a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) são inadequadas. A Corte julgou o grupo nesta terça-feira, 20.

Provas falsas contra kid preto

Segundo Chiquini, a autoridade policial ignorou as provas de inocência apresentadas pela defesa. O advogado também contestou a localização atribuída a Azevedo pelo ministro Alexandre de Moraes, relator no STF do caso da suposta tentativa de golpe de Estado, nos dias em que, segundo a acusação, o plano golpista estava em execução.

“O rastreamento do kid preto usado para embasar a acusação é contrariado pelo geolocalizador da Apple”, declarou o advogado. “Há uma acusação fraudulenta. Uma acusação que tem provas falsas de localização.”

Chiquini afirmou não ter se surpreendido com o resultado do julgamento. No entanto, acredita que defesa ainda terá espaço para demonstrar o que considera erros da acusação.

“Quando a acusação traz uma localização e a Apple me diz o contrário, isso precisa ser analisado”, disse. “É uma acusação lastreada em informações inverídicas. Isso é inaceitável.”

O advogado acredita que o processo ainda pode ter reviravoltas. “Tem muita água para rolar”, afirmou. “Testemunhas serão ouvidas. Agora é olho no olho, é depoimento prestado em contraditório. As audiências serão em audiovisual. Papel aceita tudo. Agora começam as provas que realmente importam.”

Novos réus

A 1ª Turma do STF transformou em réus, nesta terça-feira, dez dos 12 acusados de integrarem o núcleo 3 do suposto plano de golpe. Os ministros aceitaram, parcialmente, a denúncia da PGR.

Moraes afastou a aceitação da denúncia contra o coronel da reserva Cleverson Ney, ex-oficial do Comando de Operações Terrestres, e contra o general Nilton Diniz Rodrigues. Segundo o magistrado, não há elementos suficientes para sustentar as acusações contra os dois militares — posição acompanhada pelos outros integrantes da 1ª Turma do STF. Os demais ministros seguiram, por unanimidade, o voto de Moraes.

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