O ataque a tiros em Washington, na noite desta quarta-feira, 21, matou Yaron Lischinsky, de 30 anos, e Sarah Lynn Milgrim, de 26. Funcionários da Embaixada de Israel nos Estados Unidos, eles formavam um casal que planejava oficializar o noivado em breve. Autoridades diplomáticas confirmaram a informação.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
O crime ocorreu próximo ao Museu Judaico
O crime ocorreu próximo ao Museu Judaico, poucos minutos depois que eles deixaram um evento organizado pelo Comitê Judaico Americano. O local fica nas imediações de um escritório do FBI na capital norte-americana.
Yaron nasceu em Nuremberg, na Alemanha. Atuava como assistente de pesquisa no setor político da embaixada desde setembro de 2022. Costumava compartilhar fotos e momentos da sua rotina diplomática nas redes sociais, incluindo registros com o presidente de Israel, Isaac Herzog. Também publicava conteúdos relacionados às Forças de Defesa de Israel.
Sarah, natural de Kansas, nos Estados Unidos, integrava o departamento de diplomacia pública da embaixada desde novembro de 2023. Era responsável pela organização de eventos e viagens oficiais para Israel. Em seu perfil no LinkedIn, descrevia-se como apaixonada pela construção da paz e destacava sua atuação em discussões sobre geopolítica entre Israel e Palestina.
O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, afirmou que o casal pretendia oficializar o noivado em Jerusalém
O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, afirmou que o casal pretendia oficializar o noivado em Jerusalém. Segundo ele, Yaron havia comprado um anel e aproveitaria uma viagem para fazer o pedido de casamento.
A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, confirmou as mortes publicamente. Em comunicado divulgado na rede social X, pediu orações pelas famílias das vítimas e afirmou que as investigações seguem em andamento.
“Em um momento como este, a comunidade judaica permanece forte e unida”, destacou.
Testemunhas relataram que Elias Rodríguez, de 30 anos, circulava de forma suspeita próximo ao museu momentos antes do ataque. Algumas pessoas, sem saber quem ele era, chegaram a oferecer ajuda, acreditando que estivesse em situação de vulnerabilidade. “Achávamos que ele precisava de abrigo. Quando a polícia apareceu, ele falou: eu fiz isso, não estou mais armado”, afirmou Yoni Kalin ao jornal BBC.
O suspeito indicou aos agentes o local onde escondeu a arma utilizada no crime. A polícia recuperou o objeto e levou o homem imediatamente para a delegacia. Durante a prisão, ele gritou “Palestina Livre”, segundo relato oficial das autoridades de Washington.
O governo de Israel reagiu com rapidez. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou o reforço da segurança em todas as missões diplomáticas do país no exterior. Também atribuiu o ataque à “selvagem incitação” contra o Estado de Israel.
O Comitê Judaico Americano, organizador do evento no museu, publicou uma nota lamentando a tragédia. A entidade declarou estar devastada e reforçou que, em situações como esta, a comunidade judaica permanece forte e unida.
O post Casal da Embaixada de Israel é morto a tiros em ataque em Washington apareceu primeiro em Revista Oeste.