A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou duas moções de repúdio contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por declarações e gestos de apoio aos regimes autoritários da Rússia e da China. O colegiado também condenou a conduta da primeira-dama, Janja da Silva, em visita oficial a Pequim.
Lula e os ditadores
Lula compareceu ao desfile militar do “Dia da Vitória”, em Moscou, celebrado ao lado de 19 ditadores. No evento, usou a fita de São Jorge — símbolo russo associado à propaganda de guerra de Vladimir Putin.
Redes sociais
Na China, o petista pediu apoio ao ditador Xi Jinping para regular redes sociais no Brasil. Durante o Fórum Empresarial Brasil–China, realizado em 12 de maio, Lula comparou sua eleição à Revolução Comunista de 1949 — marco histórico do regime que promoveu perseguições, censura e violações sistemáticas de direitos humanos.
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O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou o requerimento de repúdio ao gesto de Lula em Pequim. Segundo o parlamentar, o presidente “atenta contra a democracia ao elogiar regimes que perseguem seus opositores e controlam a imprensa”.
Outro requerimento, assinado pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), condena a presença de Lula no desfile militar promovido por Putin.
“É inaceitável que o chefe de Estado brasileiro se preste ao papel de legitimar, de forma simbólica e política, um regime autoritário responsável por graves violações dos direitos humanos.” disse o deputado do Partido Novo. “Lula trai os princípios da diplomacia brasileira, que sempre prezou pela paz, pela liberdade e pela soberania dos povos.”
Janja na Berlinda
A comissão também aprovou uma terceira moção, desta vez contra Janja. O requerimento, também apresentado por Gayer, critica sua atuação durante reunião oficial entre Lula e Xi Jinping.
Segundo relatos, Janja teria se queixado diretamente ao ditador chinês sobre o algoritmo do TikTok. Ela afirmou que a plataforma favorece conteúdos de direita no Brasil. Em resposta, Xi Jinping teria dito que o país tem o direito de regular ou banir a rede social.
A oposição vê no episódio mais uma tentativa do governo de censurar vozes dissonantes e cercear a liberdade nas redes.
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