As autoridades dos Estados Unidos (EUA) identificaram o suspeito de matar dois funcionários da Embaixada de Israel, na noite desta quarta-feira, 21, como Elias Rodriguez, de 30 anos.
Detido no local do crime, o Museu Judaico, em Washington, ele é apontado como único autor dos disparos, segundo a chefe de polícia Pamela Smith.
Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, que estavam prestes a anunciar o noivado, foram as vítimas do homem, que é natural de Chicago. Agentes encontraram uma arma na cena do crime.
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Nesta quinta-feira, 22, o FBI examina escritos atribuídos a Rodriguez, enquanto equipes em Chicago revistam o apartamento do suspeito, conforme fontes policiais informaram à Fox News.
Motivações do suspeito do crime nos EUA

Testemunha do ocorrido, Katie Kalisher relatou ao Fox & Friends que conversou com Rodriguez, depois de ouvir entre dez e 15 tiros. Segundo ela, o suspeito aparentava angústia, estava molhado e pediu que alguém chamasse a polícia.
Questionado sobre o museu, Rodriguez disfarçou desconhecimento, mas ao saber que era um museu judaico, perguntou se haveria relação com os disparos. Logo depois, Rodriguez afirmou: “Eu fiz isso”. “Fiz isso por Gaza”, confessou. “Livre, Palestina livre!”.
Assim que os agentes da polícia chegaram, eles o detiveram. Smith afirmou que imagens mostram quando Rodriguez circula em frente ao museu antes de abordar o casal e abrir fogo. Depois dos disparos, ele entrou no local, onde a equipe de segurança o conteve.
Durante sua detenção, Rodriguez voltou a repetir a frase “Palestina livre”. Para o diretor do FBI, Kash Patel, a violência antissemita direcionada é um ataque aos valores fundamentais. “Enfrentaremos essa violência com todo o peso da lei federal”, afirmou.
Antecedentes profissionais e acadêmicos

Casal morto era integrante da Embaixada de Israel | Foto: Divulgação
O perfil de Rodriguez no LinkedIn o vinculava à American Osteopathic Information Association (AOIA). Tanto a American Osteopathic Association (AOA) quanto a AOIA lamentaram o ocorrido e demonstraram solidariedade às famílias das vítimas e disposição para colaborar com as investigações.
Leia também: “A podridão no cerne da israelofobia”, artigo de Brendan O’Neill publicado na Edição 267 da Revista Oeste
Antes disso, Rodriguez atuou como coordenador de produção, logística e pesquisador na The HistoryMakers. A organização se dedica à memória da comunidade afro-americana. Uma biografia removida do site da entidade relata que ele nasceu em Chicago, formou-se em inglês na University of Illinois at Chicago e tinha experiência como escritor de conteúdo em tecnologia.
Em 2017, o jornal Liberation News, dos EUA, mencionou um Elias Rodriguez entre manifestantes contrários à gentrificação e em protesto contra a morte de Laquan McDonald, em Chicago.
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