Haddad: Recuo sobre IOF é correção de rota, para evitar especulação

Depois do anúncio do recuo do governo federal sobre a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicação de investimentos de fundos brasileiros no exterior, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad explicou a intenção com a medida.

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Durante entrevista concedida pela manhã desta sexta-feira, 23, o petista afirmou que a revisão da proposta teve motivação em informações de agentes do setor. Eles alertaram para possíveis problemas.


“Pelas informações recebidas, nós entendemos que valia a pena fazer uma revisão desse item, para evitar especulações sobre objetivos que não são próprios da Fazenda nem do governo”, disse Haddad.

Haddad fala sobre a revisão da proposta

Haddad
Governo projetava receita adicional de R$ 20,5 bilhões em 2025 e de R$ 41 bilhões em 2026 com a nova cobrança | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No entendimento do ministro, a correção não representa dificuldade em mudar decisões, desde que seja mantido o compromisso com as metas fiscais. Ele explicou que recebeu alerta do mercado de que o IOF poderia gerar complicações e negou que tenha havido reação exagerada, em comparação ao episódio de dezembro passado, quando o anúncio da isenção do IR provocou forte impacto.

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Sobre o episódio anterior, Haddad opinou sobre uma suposta “desinformação” na ocasião. Contudo, destacou que, desta vez, a resposta do mercado foi técnica e fundamentada. Ele esclareceu que, se não houvesse a discussão de um ponto técnico, não haveria a alteração na medida. Segundo o petista, revisões são parte da rotina da Fazenda.

O ministro relatou que a equipe econômica discutiu o tema durante a noite. A conversa levou à decisão de rever as medidas relacionadas ao câmbio. “Entendemos que diferença era pontual e que valia fazer revisão”, disse Haddad.

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