Agentes de segurança retiraram nesta sexta-feira, 23, um grupo de manifestantes contrários ao presidente de Angola, João Lourenço. O líder angolano está em Brasília para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto.
Com um cartaz nas mãos, três homens chamaram Lourenço de “ditador” e questionaram o motivo do Brasil apoiar as ditaduras de Angola e Moçambique, que permanecem no poder há meio século. O presidente africano cumpre seu segundo mandato, iniciado em setembro de 2022, em uma eleição contestada pela oposição.
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O material exibido pelos manifestantes acusava Lourenço de controlar todos os poderes do país.
“Povo brasileiro, João Lourenço é ditador, controla a imprensa, controla o Poder Judiciário, controla o Poder Legislativo, controla a Comissão Nacional Eleitoral, governa a Angola com a força das armas e persegue opositores. Por que o Brasil apoia a ditaduras de Angola e Moçambique, há 50 anos no poder?”, dizia o cartaz.
O governo montou um forte esquema de segurança para a visita. A Praça dos Três Poderes teve o acesso bloqueado por uma viatura da Polícia Militar do Distrito Federal. Apenas veículos previamente autorizados conseguiram circular na região.
Policiais informaram que o grupo não tinha permissão para permanecer em frente ao Planalto. Por isso, os agentes escoltaram os manifestantes até que se afastassem do local. A manifestação pôde continuar, mas foi deslocada para a Avenida N1, em frente ao Ministério da Justiça.
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