Muito antes de bater recordes de preço, o café já era ouro preto para o Brasil. O agro nacional lidera a produção e a exportação no planeta, e a bebida ocupa um papel indissociável na cultura popular.
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A combinação de ingredientes saborosos atrai gigantes estrangeiros com paladar apurado para lucros aquecidos. Entre eles, a Nestlé — que anunciou o incremento de R$ 500 milhões nas operações no país.
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O grupo revelou detalhes da decisão durante uma apresentação nesta sexta-feira, 23. A maior parte do dinheiro será para aumentar o volume das vendas da linha Nescafé Dolce Gusto — a marca que apostou em servir uma opção rápida da bebida premium.
Lançadas em 2006 na Suíça, país-sede da empresa, as cápsulas de café da linha chegaram ao Brasil em 2009. De lá para cá, as cafeteiras para consumi-las se espalharam não só por casas, mas também por escritórios, restaurantes e lojas de conveniência em todo o território brasileiro.
Café do Brasil e doce gosto do lucro da Nestlé
O consumo fora do lar caiu no gosto dos executivos do grupo. Hoje, são 26,5 mil cafeteiras espalhadas por todo o território nacional — é a maior operação das famosas cápsulas em todo o planeta.
As cafeteiras se tornaram máquinas de dinheiro. A aposta, agora, é clara: quanto mais pontos com o equipamento, maior o lucro no caixa. A nova meta é passar das 30 mil unidades até o fim de 2025.
Para chegar a esse nível, será preciso ainda mais pó. O jeito é ampliar a fábrica da Nestlé de Monte Carmelo, no interior de Minas Gerais. De lá, saem as embalagens do Nescafé Dolce Gusto para toda a América Latina. Hoje, o lugar consegue produzir 1 bilhão de cápsulas por ano — ou seja, os R$ 500 milhões de investimento da Nestlé equivalem a cerca de 50 centavos por cápsula. O Brasil paga essa conta com o café no bule, e ainda dá para deixar uma gorjeta debaixo da xícara.
O post Nestlé vai ‘gastar’ R$ 500 milhões para aquecer os lucros com café no Brasil apareceu primeiro em Revista Oeste.