Apesar de ocupar posição de destaque entre os maiores produtores de batata da América Latina, com uma produção superior a 4 milhões de toneladas anuais, o Brasil ainda registra níveis modestos de consumo do alimento.
De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, o brasileiro consome, em média, apenas 4 kg de batata in natura por ano. O número contrasta fortemente com a realidade de países como Argentina e Portugal, onde o consumo per capita pode ser até 20 vezes maior.
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Diante desse cenário, foi criada a Associação Brasileira de Batata In Natura (ABBIN), entidade que pretende atuar no fortalecimento da cadeia produtiva e na promoção do consumo da batata fresca no país. A iniciativa reúne produtores, distribuidores e varejistas com o objetivo de valorizar o produto nacional e recuperar seu espaço na alimentação cotidiana.
Segundo Marcos Boschni, presidente da ABBIN, a entidade nasceu em outubro de 2024 com a missão de reposicionar a batata na percepção do consumidor brasileiro. “Falamos na ABBIN que a batata não é inglesa, é brasileira”, declarou.
Batata brasileira busca reconquistar espaço no prato do brasileiro
“É um alimento extremamente versátil, acessível e saudável, mas muitas vezes é subvalorizado”, disse Boschni. “Queremos mudar isso, destacando seus benefícios nutricionais e econômicos, além de apoiar toda a cadeia produtiva, gerando empregos e melhorias para todos.”
Para atingir esse objetivo, a ABBIN aposta em ações educativas e estratégicas. Estão previstas campanhas de conscientização sobre os benefícios do alimento, eventos de divulgação, parcerias com instituições e fornecimento de apoio técnico aos diferentes elos do setor produtivo, com a proposta de promover a batata como um item essencial da dieta nacional.
O CEO da ABBIN, Lincoln Carrenho, também reforça o papel nutricional da batata. “Além de ser um alimento presente em diversas culturas regionais do Brasil, a batata in natura é querida por todo mundo e muito nutritiva”, afirmou. “Tem mais potássio que a banana e tem menos calorias por grama que a batata-doce e o arroz, por exemplo.”
O diretor ainda acrescenta que “ao incentivar seu consumo, fortalecemos não apenas o setor, mas também a economia nacional e ainda levamos um produto de qualidade para a mesa dos brasileiros”.
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