Mesmo com o preço da picanha pela hora da morte, nada se compara ao valor de um corte da vaca Carina FIV — a mais cara da raça nelore: cerca de R$ 24 milhões, no último leilão. É tanto dinheiro que daria para comprar três modelos novos da Ferrari 12Cilindri 2025 e ainda sobraria troco — o carro é avaliado em R$ 7,3 milhões.
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Se fosse vendida no açougue, a picanha dessa vaca seria, claro, a mais cara do mundo. Só ela já valeria um carro de luxo zero-quilômetro. A depender da região, daria até para comprar uma casa, com suíte e quarto de hóspedes.
Em média, cada peça do corte corresponde a pouco menos de 1% do valor total — ao menos nos animais criados para o abate. Tanto o boi quanto a vaca têm duas picanhas. No caso da Carina, isso daria cerca de R$ 90 mil por peça — ou seja, R$ 180 mil pelas duas. Mas ninguém vai comer 1 único grama da carne dela.
Por que Carina se tornou a vaca mais cara do mundo?
Foi o mercado quem definiu. Num leilão, investidores deram lances em sequência até o martelo bater três vezes, seguido da palavra mágica: “Vendida”. Quem comprou não levou o animal para casa — aliás, o pasto onde ela vive continua o mesmo.
O pagamento foi por cotas: exatamente 25%, ou seja, o direito a um quarto da vaca, por R$ 6 milhões. Somando as quatro partes, o valor total chegou a R$ 24 milhões.
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Apesar de representar uma fortuna capaz de aposentar uma família inteira, o preço de Carina é apenas uma fração diante do que ela movimenta em vida. Cada óvulo dela pode chegar a R$ 600 mil — e é isso que realmente interessa.
O negócio dos donos não é vender carne para frigoríficos — ao menos, não diretamente. Essa vaca nasceu com características exemplares: ganho de peso, padrão de carcaça, qualidade do couro. Traços que os criadores querem replicar ao máximo. É justamente essa capacidade de transmitir os genes para os filhotes que faz dela a mais cara do mundo. Ninguém é louco de matar a vaca dos “óvulos de ouro”.
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