Diretor-geral da Polícia Federal (PF) no último ano de Bolsonaro na Presidência, o delegado Marcio Nunes afirmou, nesta terça-feira, 27, que nunca ouviu de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, qualquer “medida antidemocrática”, tentativa de ruptura institucional ou proposta de estado de sítio. Nunes começou a trabalhar com Torres em 2007.
O delegado prestou depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da ação penal que trata do suposto golpe de Estado.
“Em nenhum momento do qual trabalhei com o ministro houve qualquer tipo de insinuação dessa natureza”, afirmou o ex-diretor da PF.
Interpelado a respeito de Torres ter apresentado alguma suposta minuta de teor golpista, em algum momento, o ex-diretor negou. “Nunca foi apresentado nada nesse sentido”, disse.
Testemunhas de Anderson Torres ouvidas à tarde no STF

- Thiago Andrade, delegado da PF;
- Fabricio Rocha, delegado da PF;
- Marcio Nunes, delegado e ex-diretor-geral da PF;
- Leo Garrido de Salles, delegado da PF;
- Alessandro Moretti, delegado da PF;
- Marcos Paulo Cardoso, delegado da PF;
- Victor Veiga Godoy, ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro; e
- Cintia Queiroz de Castro, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e ex-integrante da SSP.
Depoimento do ex-diretor da Abin
Mais cedo, Saulo da Cunha, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), revelou que alertou o governo Lula para o 8 de janeiro.
Cunha afirmou que os relatórios foram enviados formalmente ao governo de transição, responsável por coordenar a segurança até a posse completa do novo governo.
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