Em interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 10, Jair Bolsonaro negou ter estimulado o 8 de janeiro. O ex-presidente responde por suposta participação no que seria uma trama golpista.
Ao ser interpelado pelo ministro Alexandre de Moraes, a respeito do protesto, lembrou de ter pedido aos caminhoneiros a desobstrução de vias ao redor do país, além solicitar aos manifestantes acampados em frente aos quartéis que não agissem como a esquerda.
“Se eu almejasse um caos no Brasil, era só ficar quieto”, declarou Bolsonaro, ao STF. “Repudiamos tudo isso aí. Com todo respeito, doutor Paulo Gonet, não procede que eu colaborei com o 8 de janeiro. Não tem nada meu ali, estimulando aquela baderna que nós repudiamos.”
O ex-presidente voltou a reafirmar que, antes de viajar para os Estados Unidos, fez uma live na qual afirmou que não queria confronto. Declarou ainda que não estimulou que ninguém fizesse nada ilegal, e que esteve recluso no Alvorada.
Em interrogatório, Bolsonaro criticou quem pediu intervenção
O ex-presidente criticou ainda as pessoas que pediram, em algum momento, intervenção militar.
“Há os malucos que ficam com essa ideia de AI-5, de intervenção militar das Forças Armadas, que os chefes das Forças Armadas jamais iam embarcar nessa só porque o pessoal estava pedindo ali”, disse o ex-presidente.
De acordo com Bolsonaro, sempre que era interpelado a respeito do Ato Institucional n° 5, ele pensava consigo que as pessoas não entendiam muito bem o que estavam pedindo.
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