A tenente-coronel da reserva, Sarit Zehavi, por anos estudou os arsenais do Hezbollah e do Irã. Em seus 15 anos nas Forças de Defesa de Israel (FDI), ela não se surpreende com o caráter do contra-ataque iraniano, bem diferente do israelense. Enquanto o Irã busca atingir o maior número de civis, Israel poupou a população iraniana e só alvejou instalações militares.
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Neste momento, porém, Sarit, moradora da Galiléia, é uma das milhões de israelenses que estão se refugiando em abrigos antiaéreos, para se proteger dos mísseis lançados pelo Irã. Por anos, como presidente e fundadora da Alma Research, entidade especializada em segurança na Região Norte, ela estudou com detalhes os arsenais do Irã e sabe que não havia outra alternativa.
“Todos nós estamos nos abrigos ou na entrada deles”, afirma ela a Oeste. “Todos sabemos que isso era inevitável. O que posso dizer? Estamos bem. Vamos sobreviver a isso. Acho que prestamos um grande favor ao mundo inteiro. Espero que, desta vez, o mundo inteiro reconheça isso.”
A população de Israel, segundo Sarit, está consciente e segura, sem pânico.
“Todos os israelenses compreendem que era o momento de atacar os locais nucleares e de mísseis, porque isso representa uma ameaça iminente ao Estado de Israel.”
Irã lançou 100 mísseis
Até o momento, com os ataques do Irã, cerca de 48 pessoas se feriram, duas com gravidade, segundo o serviço médico de emergência. A grande maioria dos mísseis foi interceptada, relatam as FDI.
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“Uma rajada de 100 mísseis foi lançada do Irã em direção a Israel durante a noite”, informa Sarit.
“Nove milhões de israelenses entraram em abrigos na noite de sexta-feira. A maioria dos mísseis foi interceptada, e alguns atingiram áreas povoadas. Há duas pessoas gravemente feridas e várias dezenas com ferimentos leves.”
As construções na cidades de Israel não foram poupadas.
“Houve um prédio de muitos andares que foi atingido diretamente. Mas as pessoas estão nos abrigos antiaéreos. Alguns prédios no centro de Israel, em áreas densamente povoadas, sofreram danos.”
Desde 7 de outubro, a Alma informa sobre o desenvolvimento do arsenal iraniano. Foi, segundo ela, uma maneira de ajudar as FDI e a população a se prepararem para este momento.
“Entendemos que isso foi inevitável, à luz do plano iraniano de eliminar o Estado de Israel com seu programa de mísseis, programa nuclear e representantes em todo o Oriente Médio.”
O post ‘Fizemos um grande favor ao mundo’, diz militar da reserva israelense apareceu primeiro em Revista Oeste.