No quarto dia de conflito entre Israel e Irã, o número de civis mortos em solo israelense chega a 11. Nos últimos ataques, bairros militares e até uma mesquita foram atingidos. Segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Rafael Rozenszajn, o Irã mira alvos civis.
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“O Irã já lançou em direção ao Estado de Israel mais de 200 mísseis balísticos em dois dias. Esses mísseis visam alvos civis, zonas residenciais. Inclusive, um dos locais atingidos por um dos mísseis iranianos foi uma mesquita, onde, infelizmente, morreram pessoas de uma família de árabes muçulmanos israelenses. Ou seja, o Irã não mede suas consequências quando lança seus mísseis em direção ao Estado de Israel”, declarou Rozenszajn à CNN Brasil. “Tentem imaginar o que aconteceria neste momento no Estado de Israel se o Irã tivesse em suas mãos uma bomba atômica.”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitou uma das áreas atingidas, em Bat Yam. “Hoje à noite, mais uma vez, o regime iraniano atacou deliberadamente civis israelenses enquanto eles dormiam: oito pessoas mortas, incluindo quatro crianças. Mais de 200 feridos. 35 ainda desaparecidos. Famílias desfeitas”, escreveu o premiê.
Netanyahu ressaltou que Israel mira apenas alvos militares e instalações nucleares. “O Irã tem como alvo inocentes. Israel tem como alvo instalações nucleares e militares para impedir que o regime terrorista mais perigoso do mundo adquira as armas mais perigosas do mundo. Faremos tudo o que for preciso para defender nosso povo. Israel está fazendo o que deve ser feito.”
Irã ameaça a existência de Israel
Em entrevista à CNN Brasil, Rafael Rozenszajn, porta-voz das IDF, reafirmou que a intenção de Israel, ao atingir o Irã, é garantir sua existência, como país, já que o regime revolucionário tem como meta eliminar o território e o povo judeu. “A grande missão do Irã nesse mundo é apagar o Estado de Israel do mapa. Nós não podemos permitir que o regime mais perigoso do mundo tenha em suas mãos o armamento mais perigoso do mundo.”
Além disso, ressaltou que “o Irã estava a um passo de conseguir pelo menos 15 bombas atômicas”. “O Irã já conseguiu enriquecer urânio para formar 15 bombas atômicas. Tudo o que estava faltando era uma simples decisão de ir um passo para frente.”
O militar disse que até agora o sucesso de Israel contra o Irã “foi enorme”. “Nós atingimos usinas nucleares do Irã, atingimos lideranças militares do Irã, eliminamos o chefe do Estado-Maior do regime iraniano, o chefe da Guarda Revolucionária, o comandante da Força Aérea do Irã. Nós eliminamos 11 líderes militares do regime iraniano. Nós eliminamos pelo menos nove cientistas que estavam envolvidos na produção do armamento nuclear. Nós atacamos também as fábricas de produção de mísseis balísticos. E nós estamos atuando para que o Irã não continue sendo essa ameaça tão existencial para o Estado de Israel.”
Alvos de Israel são militares, não civis
Falando em português, o oficial das IDF lembrou que o Estado de Israel tem um território de apenas 22 mil km², do tamanho do Sergipe. “O Irã tem um território de 1,6 milhão de km², ou seja, o Irã é 5,5 vezes maior do que Israel.”
Isso causa uma dificuldade adicional para eliminar as instalações nucleares, que “estão espalhadas e escondidas por diversos locais do Irã.” Porém, informações do serviço de inteligência e treinamento específico devem permitir a destruição desses locais. “Todos os nossos alvos são alvos militares.”
Rozenszajn também lembrou que as IDF sempre comunicam os moradores previamente sobre os locais que serão atacadas, para permitir a evacuação dos civis. “Nós fazemos tudo o que podemos para minimizar danos a civis e para que os danos colaterais sejam os menores possíveis nessa guerra, porque essa guerra não é travada contra o povo iraniano. Essa guerra é travada contra o regime iraniano, que é um regime tão cruel e tão totalitário contra o seu próprio povo”, declarou.
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