A população de Israel correu para abrigos e bunkers na sexta-feira 13, depois de o Irã disparar cerca de 100 mísseis balísticos contra o território judeu. No sábado 14 e no domingo 15, a cena se repetiu. Rodeado por países governados por regimes ditatoriais e por grupos terroristas, Israel — a única democracia da região — se preparou, ao longo dos anos, para enfrentar as ameaças vizinhas.
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Além de eficazes sistemas de defesa, Israel mantém leis rigorosas que obrigam a construção de espaços de proteção em prédios públicos e privados. O Ministério da Defesa local calcula a existência de aproximadamente 1,5 milhão de bunkers em todo o país.
Desde sua oficialização, em 1948, o Estado de Israel convive com o risco de bombardeios. Para enfrentar a ameaça constante, o país adotou, em 1951, uma lei de defesa civil que obrigou a instalação de abrigos antibombas em todas as construções.
Com o passar dos anos, os requisitos mudaram. O avanço tecnológico e novos conflitos na região levaram a atualizações nas normas. Durante a Guerra do Golfo, em 1991, o país estabeleceu padrões mais rígidos para os abrigos, diante da ameaça do uso de armas químicas.
Bunkers evoluíram e fazem parte do cotidiano
Hoje, cada residência ou edifício deve ter ao menos um quarto fortificado por andar. Esses espaços contam com paredes de concreto com cerca de 30 centímetros de espessura, além de piso e teto reforçados.
As portas são de metal com travas de alta resistência. As janelas, quando existentes, seguem o mesmo padrão. Em muitas casas, os moradores utilizam o abrigo como dormitório comum, dada a integração ao projeto da residência.
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Sirenes espalhadas por Israel alertam a população sobre ataques. O protocolo recomenda buscar abrigo sem correr e aguardar dez minutos depois do fim do alarme antes de sair. Quem está na rua deve deitar-se no chão e proteger a cabeça.
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