Servidores do TSE acreditam que horário de verão pode prejudicar eleições

Membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) demonstraram preocupação com o possível retorno do horário de verão, anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A mudança pode ocorrer daqui a 30 dias, entre o primeiro e o segundo turno das eleições municipais de 2024.

De acordo com o portal Metrópoles, alguns servidores dizem que a volta do horário de verão pode complicar a logística eleitoral e causar confusão entre os eleitores. A situação é especialmente crítica para moradores do Acre, Amazonas e em Fernando de Noronha (PE), que já operam em fusos horários diferentes do oficial de Brasília.

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Em coletiva de imprensa na segunda-feira 16, Silveira declarou que comunicaria à presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, sobre possíveis alterações. Ele afirmou que a retomada do horário de verão no Brasil é “muito provável” e será implementada de maneira “extremamente planejada” em cerca de 30 dias.

“O horário de verão costuma aquecer muito algumas áreas do comércio, turismo, bares e restaurantes”, disse Silveira, em entrevista à rádio Itatiaia. “Nós estamos vivendo um momento muito bom para a economia brasileira com a inflação baixa, menor taxa de desemprego formal da história, o Brasil cresce muito rápido [sic]. Então, nós vamos avaliar o contexto e é muito provável que a gente proponha o horário de verão ao governo para uma decisão final.”

Silveira ainda disse que o país enfrenta “a pior escassez hídrica dos últimos 93 anos”, com baixos índices de chuvas em todo o território nacional. “O horário de verão passa a ser uma realidade muito premente”, acrescentou.

Volta do horário de verão é improvável no curto prazo, dizem especialistas

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Amado por uns, odiado por outros, ainda não se sabe se o horário de verão irá voltar | Foto: Reprodução/Calendarr Brasil

A volta do horário de verão é considerada improvável no curto prazo. Especialistas afirmam que a mudança requer um amplo planejamento prévio, inclusive com companhias aéreas. As informações são do Broadcast, programa de notícias em tempo real do Estadão.

Essa política geralmente era adotada no mês de outubro de cada ano, até fevereiro do ano seguinte. O argumento central para um possível retorno da medida é a possibilidade de redução da demanda no horário de pico e, consequentemente, a diminuição da pressão sobre o sistema elétrico, especialmente tendo em vista o cenário hidrológico desfavorável do momento, que tem levado ao acionamento de termelétricas, de custo mais elevado.

Do ponto de vista do planejamento e redução da demanda em horário de ponta, há um movimento em prol do avanço do programa Resposta da Demanda (RD) — quando grandes consumidores apresentam ofertas de redução de demanda em troca de uma remuneração.

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