O Índice de Progresso Social (IPS-Brasil) publicou, nesta semana, a lista das capitais brasileiras com melhor qualidade ambiental. De acordo com a instituição, Curitiba lidera o quadro, seguida por Brasília e Cuiabá (MT).
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Os indicadores incluem a proporção de áreas verdes no perímetro urbano. Também são avaliadas as emissões anuais de carbono per capita, perda de vegetação, focos de calor ou queimadas e vulnerabilidade climática local.
Recentemente, o Brasil enfrentou algumas catástrofes naturais, como a tempestade que devastou o Rio Grande do Sul e o aumento de seca e queimadas.
Confira abaixo as capitais e suas notas:
- Curitiba: 78,31;
- Brasília: 74,91;
- Cuiabá: 74,53;
- Salvador: 73,61;
- Palmas: 73,55;
- Fortaleza: 72,49;
- Vitória: 72,02;
- João Pessoa: 71,86;
- Recife: 71,81;
- Belo Horizonte: 71,4;
- Goiânia: 71,25;
- Rio de Janeiro: 70,99;
- Natal: 70,97;
- Aracaju: 70,95;
- Campo Grande: 70,73;
- Florianópolis: 70,25;
- Manaus: 69,98;
- São Paulo: 69,04;
- Boa Vista: 68,87;
- Maceió: 68,24;
- Teresina: 67,75;
- São Luís: 66,43;
- Macapá: 66,23;
- Porto Alegre: 65,89;
- Belém: 65,62;
- Rio Branco: 64,84; e
- Porto Velho: 43,29.
Metodologia e resultados do IPS Brasil sobre a qualidade ambiental
A liderança de Curitiba se deve à inexistência de queimadas ou focos de calor (zero por mil habitantes) e à presença de 12% de áreas verdes na cidade. Além disso, registrou um dos menores índices de vulnerabilidade climática, com baixo risco de eventos extremos, como secas e inundações.
“Curitiba não foi surpresa”, afirmou Beto Veríssimo, autor do estudo, ao jornal O Estado de S. Paulo. “É uma cidade com muitos parques, áreas verdes, que soube proteger bem seus mananciais, e onde há pouquíssimas queimadas e baixa emissão de carbono per capita. Brasília também tem muitas áreas verdes, parque nacional e floresta. Foi desenhada dessa forma.”
Para comparação, Porto Velho (RO), última colocada, possui emissões 27 vezes maiores que Curitiba. A capital de Rondônia chega a 44 toneladas por habitante ao ano, principalmente em virtude das queimadas na região.
Recorde de focos de fogo na Amazônia
No primeiro semestre deste ano, a Amazônia registrou recordes de focos de fogo. A floresta expos falhas do governo na prevenção de incêndios.
“Quando o fogo pega na Amazônia, já perdemos a luta”, disse Erika Berenguer, bióloga e pesquisadora da Universidade de Oxford, ao Estadão. “O governo focou no combate e pouco na prevenção.”
Brasília também se destacou por ter cerca de 10% de sua área urbana coberta por áreas verdes e emissões anuais de carbono de 2,3 toneladas per capita. A capital federal ainda obteve uma nota relativamente alta no índice de vulnerabilidade, a quinta melhor entre as capitais.
Recentemente, entretanto, Brasília enfrentou a propagação de fogo e fumaça no Parque Nacional.
Metodologia contestada
São Paulo aparece em 18º lugar, com apenas 6,3% de áreas verdes e alto índice de vulnerabilidade climática. A capital paulista registrou nota baixa, em razão da propensão a enchentes e extremos climáticos.
A Prefeitura de São Paulo contesta a metodologia do estudo. A administração municipal afirma que a cidade tem 54% de áreas verdes, segundo um levantamento com base em imagens de satélite e o Índice de Vegetação de Diferença Normalizada (NDVI).
Já a Prefeitura de Porto Velho informou que tem intensificado fiscalizações ambientais para autuar os responsáveis por práticas ilegais que agravam queimadas. Além disso, reforçou as campanhas de conscientização.
A gestão municipal também opera um viveiro para promover a arborização. Também distribui mudas durante ações específicas, com mais de 30 mil sementes plantadas em diversas áreas.
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