O governo de Javier Milei anunciou, nesta terça-feira, 12, que a inflação de outubro na Argentina foi de 2,7%, o menor índice em quase três anos. A queda reflete uma tendência desde que Milei assumiu a Presidência do país.
Em dezembro de 2023, a inflação era de 25,5% — e tem diminuído desde então. Até agora, em 2024, o acumulado já atingiu 107%, o que ainda preocupa economistas.
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Os maiores aumentos vieram dos custos com aluguéis, água, eletricidade e gás, que subiram 5,4% no mês de outubro. Esses setores continuam a pressionar o índice geral, mesmo com a desaceleração.
O Banco Central da Argentina projetava uma inflação mensal de 3%, mas o resultado de outubro trouxe alívio ao governo. Em resposta, a taxa de juros caiu de 40% para 35% ao ano.
Medidas do governo Milei e seu impacto político
Essa redução visa a fortalecer a “âncora fiscal” do país, segundo o Banco Central da Argentina. Manuel Adorni, porta-voz do governo Milei, afirmou que “não existem mais os preços regulados de três anos atrás, nem a grande discrepância entre as cotações do dólar”.
A administração de Milei tem focado no controle de preços. O governo busca limitar a emissão de moeda e suspender obras públicas.
No entanto, a economia do país ainda permanece em alerta. O consumo está no nível mais baixo em uma década, e o poder de compra diminuiu. Entretanto, os salários aumentaram 4,7% em setembro, o que superou a inflação de 3,5% do mês.
Presidente argentino vai se encontrar com Trump
O aumento salarial é um sinal positivo para a economia da Argentina e mostra uma possível recuperação gradual. No cenário internacional, Milei planeja se encontrar com Donald Trump — presidente eleito dos Estados Unidos. O objetivo é discutir a renegociação da dívida argentina e o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Esses encontros podem ser decisivos para o futuro econômico do país. A visita de Marco Rubio, escolhido por Trump para ser o secretário de Estado norte-americano, a Buenos Aires, em fevereiro, gerou otimismo no governo argentino.
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