Trump escolhe veterana de guerra para comandar a CIA e o FBI

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que Tulsi Gabbard será a Diretora de Inteligência Nacional de seu governo. Em comunicado, divulgado no Twitter/X na noite da última quarta-feira, 13, ele elogiou a trajetória da tenente-coronel, que inclui três missões em zonas de guerra no Oriente Médio e na África.

“Por mais de duas décadas, Tulsi lutou pelo nosso país e pelas liberdades de todos os americanos”, disse o novo presidente norte-americano. Gabbard já foi membro do Partido Democrata, mas se filiou ao Partido Republicano em outubro de 2024. Assim, a parlamentar tem amplo apoio em ambos os partidos, segundo Trump.

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Tulsi, de 43 anos, será responsável pelas 18 agências de inteligência dos EUA, dentre as quais estão a CIA e o FBI, para manter uma visão integrada das ameaças e atividades de inteligência. Ela também deverá definir prioridades e estratégias de longo prazo para a inteligência nacional.

O cargo também tem a função de informar e assessorar o presidente, o Conselho de Segurança Nacional e outras autoridades do governo sobre questões de inteligência e segurança nacional.

“Sei que Tulsi trará o espírito destemido que definiu sua carreira ilustre para nossa Comunidade de Inteligência, defendendo nossos Direitos Constitucionais e garantindo a paz através da força.”

Quem é a nova integrante do governo Trump

Ex-congressista por quatro mandatos, candidata presidencial em 2020 e autora de best-seller do The New York Times For Love of Country, Tulsi Gabbard serviu no Exército dos EUA por mais de duas décadas. Ela hoje é tenente-Coronel da reserva e lidera uma organização sem fins lucrativos chamada We Must Protect.

A nova diretora de Inteligência Nacional nasceu na Samoa Americana e foi eleita pela primeira vez quando tinha 21 anos, para a Câmara dos Representantes do Havaí. Devido aos ataques em 11 de setembro, ela se alistou na Guarda Nacional do Exército. 

Em 2004, ela desistiu de uma campanha de reeleição e se voluntariou para se deslocar ao Iraque com a 29ª Equipe de Combate de Brigada, onde serviu em uma função médica.

Depois de retornar para casa, em 2006, Tulsi trabalhou no Senado dos EUA como assistente legislativa do falecido senador Danny Akaka, que era presidente do Comitê de Assuntos dos Veteranos do Senado. Ela então se voluntariou para uma segunda missão de combate no Oriente Médio como líder de pelotão.

Depois das experiências em zonas de guerra, Tulsi concorreu ao Congresso dos Estados Unidos com 31 anos, “para honrar as vidas e o sacrifício de seus irmãos e irmãs em uniforme”, diz o comunicado de Trump. Ela passou oito anos como parlamentar, e desistiu de uma reeleição em 2022, para concorrer à presidência do país pelo Partido Democrata.

Tulsi Gabbard deixou a sigla no mesmo ano. Em 2024, ela endossou formalmente a candidatura de Donald Trump e serviu como co-presidente na campanha de transição do republicano. Segundo o presidente eleito, “ela coloca o país em primeiro lugar e aborda cada questão, interna e externa, com foco em garantir a segurança, liberdade e liberdade do povo americano”.

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