O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu na quinta-feira, 14, o fim da escala 6×1 sem redução salarial. Segundo ele, essa jornada atual é “cruel”. No início desta semana, a pasta publicou uma nota propondo que a mudança fosse resolvida por meio de negociações entre empresas e trabalhadores.
“A jornada 6×1 é cruel. Pensar você um, dois, três, quatro, dez anos, ter um único dia de folga na semana, imagina só o quanto é cruel, em especial para as mulheres”, disse em trecho de entrevista publicada por ele no Twitter/X.
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Marinho reiterou que o governo tem “grande simpatia” pela proposta e pede serenidade no debate para que seja possível trabalhar fortemente pelo fim da jornada 6×1. “É minha posição. Mas aqui entra fortemente o papel da negociação, da convenção coletiva, do entendimento, porque fixação de horários deve ser feita em mesa de negociação”, completou.
O ministro disse ainda que, quando foi presidente do Sindicato do Metalúrgicos, pôs fim à jornada 6×1 durante negociação entre trabalhadores e empresários.
“Isso foi feito com a mesma legislação, a mesma Constituição”, afirmou. “Fizemos no bojo dos acordos de redução de jornada de trabalho; a grande maioria desse segmento trabalha 40 horas e não as 44 horas que hoje se entende como jornada máxima”, disse.
Na sua avaliação, o fim da escala 6×1 seria muito positivo para economia e para os trabalhadores. “Fica aqui um chamado a todos os segmentos da economia da necessidade de debater a redução de jornada de trabalho, sem redução de salário e nesse bojo buscar incorporar o fim dos 6×1, o que seria muito positivo para a economia, acredito eu, em especial para os trabalhadores, de maneira especialíssima para as trabalhadoras”, disse.
A PEC do fim da jornada 6×1
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de fim da escala 6×1 é de autoria da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), que formalizou uma iniciativa de Rick Azevedo (Psol), vereador eleito do Rio.
A medida propõe acabar com a jornada de 44 horas de trabalho semanais, vigente há 81 anos no país, desde que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi publicada, em 1943. Em vez disso, a ideia é reduzir esse limite para 36 horas semanais.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado
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