O episódio suicida de Francisco Wanderley Luiz, em Brasília, na noite de quarta-feira, 13, levou Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a fazer um pronunciamento ligando o caso aos atos 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes. O juiz aproveitou a situação para se levantar contra uma eventual anistia aos vândalos.
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Em seu editorial de opinião deste sábado, 16, o jornal O Estado de S.Paulo classificou o comportamento do magistrado como “vícios incontroláveis”.
“Para surpresa de rigorosamente ninguém, bastaram poucas horas depois das explosões na Praça dos Três Poderes para o incontido ministro estufar o peito e ostentar as suas credenciais de plenipotenciário guarda-costas da democracia no país”, escreveu o jornal.
A opinião de Alexandre de Moraes é ‘absolutamente irrelevante’
Ainda segundo a publicação, Moraes “arvorou-se em analista político” e, como se tudo isso não bastasse, “instrumentalizou sua cadeira de ministro do STF para vender a ideia de que seria o juiz universal da defesa do Estado Democrático de Direito no Brasil”.
O Estadão destaca no texto que não cabe ao “sr. Moraes” vir a público para dizer “o que acha ou deixa de achar” sobre o suicídio, suas eventuais repercussões políticas e, principalmente, jurídicas.
De acordo com o editorial, neste momento, é “absolutamente irrelevante” a opinião de Moraes – ou de qualquer outro ministro do STF – sobre o que ocorreu em Brasília e também sobre seus possíveis desdobramentos. “O que ele tem a dizer, que o diga eventualmente nos autos”, enfatiza o texto.
O Estadão faz um alerta sobre as ações de Alexandre de Moraes: “A sociedade já testemunhou uma história muitíssimo parecida e sabe muito bem como isso termina”.
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