O presidente norte-americano, Joe Biden, desembarcou no Brasil neste domingo, 17, para uma visita à Amazônia. Em anúncio feito hoje, a Casa Branca se comprometeu com a destinação de outros US$ 50 milhões (cerca de R$ 290 milhões) ao Fundo Amazônia.
Com o valor, no entanto, o democrata deve encerrar o mandato sem conseguir cumprir uma promessa anterior: destinar US$ 500 milhões à Floresta Amazônica.
Biden, que vem ao Brasil para participar do G20 no Rio de Janeiro, tornou-se o primeiro presidente incumbente dos EUA a visitar a Amazônia em 200 anos de relação bilateral entre os países.
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O Fundo Amazônia é o esforço de cooperação internacional mais significativo para preservar a floresta tropical. Conta, principalmente, com financiamento da Noruega.
Biden e o Congresso dos EUA
O valor anunciado neste domingo ainda precisa ser submetido ao Congresso dos EUA, que terá as duas Casas de maioria republicana a partir de 2025. Biden deixará a Presidência em janeiro do ano que vem, quando Donald Trump assumirá a Casa Branca e terá seu partido no comando do Congresso norte-americano. O republicano promete retirar os EUA novamente do Acordo Climático de Paris e reverter as políticas ambientais do antecessor.
O governo Biden anunciou no ano passado que planejava contribuir com US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia ao longo de cinco anos. O anúncio foi feito em abril de 2023, e ocorreu depois de os norte-americanos terem frustrado o governo federal — a cifra foi considerada baixa pela diplomacia do Brasil.
Desta vez, o político norte-americano prometeu outros US$ 50 milhões, ainda sujeitos a aprovação pelo Congresso. A autorização do legislativo dos EUA deve ocorrer em momento hostil à pauta climática, já sob o governo Trump.
“É importante para um presidente em exercício visitar a Amazônia, pois isso demonstra um compromisso pessoal do presidente”, disse Suely Araújo, ex-diretora da agência brasileira de proteção ambiental e coordenadora de políticas públicas da organização sem fins lucrativos Observatório do Clima. “Dito isso, não podemos esperar resultados concretos dessa visita.”
Suely duvida que um “único centavo” seja destinado ao Fundo Amazônia quando Donald Trump estiver de volta à Casa Branca. O republicano já classificou a mudança climática como uma “farsa” e disse que eliminará as regulamentações de eficiência energética do governo Biden.
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A Casa Branca, ainda sob comando de Biden, anunciou, neste domingo, uma série de novos esforços com o objetivo de fortalecer a Amazônia e conter o impacto das mudanças climáticas.
Entre as ações está o lançamento de uma coalizão financeira que busca estimular pelo menos US$ 10 bilhões em investimentos públicos e privados para restauração de terras e projetos relacionados à bioeconomia até 2030. Além disso, a Casa Branca quer viabilizar um empréstimo de US$ 37,5 milhões para a organização Mombak Gestora de Recursos Ltda. para apoiar o plantio em larga escala de espécies de árvores nativas em pastagens degradadas no Brasil.
Biden também assinará uma proclamação dos EUA designando o dia 17 de novembro como o Dia Internacional da Conservação, e destacará em comentários durante a visita que os EUA estão no caminho certo para atingir um gasto de US$ 11 bilhões em financiamento climático internacional em 2024, um aumento de seis vezes em relação ao início de seu mandato.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado e da Associated Press
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