A Argentina decidiu assinar o comunicado final da Cúpula dos Líderes do G20. Contudo, o governo do presidente Javier Milei emitiu uma nota deixando claro que discorda de vários pontos do documento.
O gabinete de Milei, inclusive, postou no Twitter/X, no fim da tarde desta segunda-feira, 18, um comunicado oficial em que esclarece o seu posicionamento. O conteúdo destaca principalmente a discordância sobre a limitação de expressão nas redes sociais.
Argentina critica censura nas redes sociais
Conforme a nota, o governo afirma que, “sem prejudicar a declaração dos outros líderes”, o presidente Javier Milei deixou claro em sua participação no G20 que não apoia vários pontos da declaração.
Entre esses pontos estão: “a limitação da liberdade de expressão nas redes sociais; o esquema de imposição e violação da soberania das instituições de governança global; o tratamento desigual perante a lei e, principalmente, a noção de que uma maior intervenção estatal é a forma de combater a fome”.
A nota afirma, ainda, que o modelo de multilateralismo está em crise, porque se destoou da sua finalidade original. A finalidade seria permitir que as nações pudessem cooperar voluntariamente, de forma autônoma e igualitária, para salvaguardar os direitos básicos das pessoas.
O gabinete presidencial critica a presença do Estado. “Cada vez que se tentou combater a fome e a pobreza com medidas que aumentassem a presença do Estado na economia, o resultado foi o êxodo da população e do capital”.
De acordo com o governo argentino, a posição do presidente Javier Milei é clara quanto aos problemas debatidos no G20: “Se queremos lutar contra a fome e erradicar a pobreza, a solução está em tirar o Estado do meio”.
O comunicado defende que é preciso “desregular a atividade econômica para liberar o mercado e facilitar o comércio”. Assim, explica a nota, espera-se que “a troca voluntária de bens seja o que traga prosperidade”.
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O documento termina com um apelo de Milei a todos os líderes do mundo para seguirem este caminho, “que na Argentina já dá frutos depois de décadas de sofrer em primeira mão a fome e a miséria causadas pela intervenção estatal”.
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