A Avenida Roberto Marinho, situada na zona sul de São Paulo, enfrenta problemas com o aumento de usuários de drogas e pessoas sem teto. A criação de barracas no local levou os moradores a chamarem a área de “minicracolândia”.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os problemas como barracas de sem-teto, acúmulo de lixo e iluminação deficiente agravam a situação, segundo a comunidade local. Em resposta, a Secretaria de Segurança Pública e a Guarda Civil Metropolitana reforçaram o policiamento na área.
A Prefeitura de São Paulo informou que realizou mais de 3 mil atendimentos sociais na avenida, com o objetivo de mitigar os problemas. Investimentos em zeladoria e iluminação pública estão em andamento.
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Inaugurada há quase 30 anos para ligar Jabaquara à Marginal Pinheiros, a Avenida Roberto Marinho enfrenta problemas significativos. A deterioração é notável em pontos como a esquina com a Avenida Vereador José Diniz.
Nesses locais, grupos de usuários de drogas são frequentemente observados. Marco Braga, presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Brooklin, comentou a situação ao Estadão. “É como se fosse outra cracolândia.”
O psiquiatra Thiago Fidalgo, da Universidade Federal de São Paulo, explica que o uso de drogas na região isso não resulta da migração de usuários da cracolândia do centro, mas sim de fatores como desemprego e déficit habitacional. “A região sempre foi um ponto de tráfico, mas o fenômeno de cena de uso aberta é mais recente.”
Aumento de apreensões na Avenida Roberto Marinho
De janeiro a setembro deste ano, houve um aumento de 37,2% nas apreensões de drogas na área, segundo a Secretaria de Segurança Pública paulista. A Prefeitura de São Paulo afirma que intensificou o policiamento, especialmente perto de escolas, e melhorou a iluminação pública.
As melhorias incluíram a instalação de extensores nos postes. Os moradores relatam um aumento significativo da população em situação de rua, perceptível pelo crescimento de barracas e lonas.
Elenir Nunes, advogada e síndica de um condomínio local, mencionou a necessidade de elevar o muro do residencial por problemas de sujeira e segurança. “Eles jogavam vários objetos dentro do condomínio”, disse ao Estadão. “Até facas.”
Conforme a prefeitura, operações de zeladoria são realizadas diariamente, com cerca de 30 toneladas de lixo recolhidas semanalmente na avenida.
De julho a outubro, foram realizados mil acolhimentos e 1,9 mil encaminhamentos para a saúde na Avenida Roberto Marinho. Um dos pontos da deterioração foi o abandono das obras da Linha 17-ouro do monotrilho do Metrô de São Paulo.
Iniciadas em 2012, as obras foram retomadas em setembro de 2023. Eduardo Beno, morador de 54 anos, reconhece a retomada, mas observa que a atividade é limitada a algumas partes da avenida.
A conclusão das obras está prevista para o fim de 2025, mas a incerteza persiste. Além disso, a região enfrenta um grave déficit habitacional, estimado de 5 a 8 mil famílias sem moradia adequada.
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