O Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do Brasil, expandiu suas atividades para Portugal, estabelecendo uma rede com mais de cem membros em Lisboa e no Porto.
Conforme a publicação do jornal português Expresso, essa rede é empregada para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas por meio de empresas de fachada em vários setores econômicos.
Esses setores incluem construção civil, mercado imobiliário, aviação civil, importação de frutas exóticas, restaurantes e barbearias. A escolha desses nichos busca mascarar a origem ilícita dos recursos. Muitas dessas empresas estão em áreas com aluguéis elevados, mas têm clientela insuficiente para justificar suas despesas.
Uma fonte da Justiça portuguesa ressaltou que “há barbearias ou restaurantes operando em locais com aluguéis caros e sem clientes suficientes para ter lucro”, reforçando a improbabilidade de tais negócios serem sustentáveis apenas com atividades legais.
Estratégias de recrutamento e atuação do PCC
Além disso, o PCC tem investido no recrutamento de universitários recém-formados para gerenciar essas empresas de fachada. Esses jovens são treinados para funções administrativas normais, mas podem ser acionados para atividades criminosas quando necessário.
Essa estratégia permite que a organização mantenha um perfil discreto enquanto conduz suas operações ilegais.
No ambiente digital, o PCC aposta em crimes virtuais, gerando lucros elevados. Investigações indicam que o grupo mantém um gerente em território português, que coordena atividades ilícitas e recruta equipes a partir de São Paulo.
Essa expansão para o mundo digital reflete a adaptação da facção às novas tecnologias, ampliando seu alcance e diversificando suas fontes de renda. Em julho, o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, reconheceu a presença do PCC em Portugal.
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