Operação realiza busca e apreensão em endereços de PMs que faziam escolta de delator do PCC

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo realizou nesta sexta-feira, 22, operações de busca e apreensão em endereços ligados aos policiais militares que faziam escolta de forma ilegal para Antônio Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). O empresário foi morto com dez tiros em 8 de novembro, no Aeroporto de Guarulhos.

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A escolta irregular resultou no afastamento dos policiais pela corporação, uma vez que segurança privada é ilícita. O governador do Estado, Tarcísio de Freitas, anunciou, no dia 12, que oito militares são alvo de investigação da Corregedoria.

Investigações sobre possível envolvimento de PMs no crime

Paralelamente, a Polícia Civil, responsável pelo inquérito do homicídio, levantou a hipótese de participação dos PMs no crime. Isso porque falhas na segurança do empresário teriam dado abertura para o ataque. Gritzbach não tinha direito a proteção oficial, por isso, resolveu contratar policiais para sua escolta privada.

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Um dos pontos críticos na investigação é a alegação de falha mecânica em um dos veículos da escolta. Isso teria impedido três dos quatro agentes de chegarem ao desembarque a tempo. Um PM, que estava com Gritzbach, admitiu ter fugido quando os disparos começaram, o que intensificou as suspeitas sobre sua conduta.

Busca por suspeitos de assassinar delator do PCC

A Polícia Civil tenta esclarecer se a falha mecânica em um dos carros que iria buscar delator no aeroporto foi genuína ou parte de um plano para facilitar o assassinato. Imagens de câmeras de segurança capturaram dois suspeitos ao descer de um veículo e atirar em Gritzbach. Os criminosos fugiram em um ônibus.

Câmeras de segurança mostram quando atiradores assassinam empresário ligado ao PCC no aeroporto | Foto: Reprodução/Twitter/X

As imagens do ônibus foram fornecidas pela empresa para auxiliar na investigação. Além disso, a polícia identificou um olheiro que teria alertado os executores sobre a chegada da vítima. O governo paulista ofereceu uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem à captura de Kauê do Amaral Coelho, que teria envolvimento no crime.

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Na terça-feira 21, a Polícia Civil realizou uma operação para prender Coelho, mas ele teria escapado para o Rio de Janeiro. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços associados a ele, mas o conteúdo apreendido está sob sigilo. A investigação continua, com a Polícia Civil determinada a identificar e capturar os responsáveis pelo homicídio.

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