O governo brasileiro autorizou a continuidade das operações da Usina Nuclear de Angra 1, da Eletronuclear, no Rio de Janeiro, por mais 20 anos, a partir de dezembro. O Ministério de Minas e Energia, de Alexandre Silveira, informou a decisão em comunicado à imprensa, nesta quinta-feira, 21.
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A solicitação para estender a licença ocorreu em 2019 e recebeu aprovação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Esse órgão supervisiona a gestão e a segurança desse tipo de energia no Brasil.
O ministro Silveira destacou a importância da energia nuclear para uma matriz energética limpa e segura. “O Brasil possui um dos maiores potenciais do mundo em recursos de urânio e precisa explorar essa riqueza de maneira estratégica”, afirmou, no comunicado. “Sempre com foco na soberania e no desenvolvimento nacional.”
A usina nuclear de Angra 1
O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, também celebrou a decisão. “Todos se dedicaram ao máximo nos últimos cinco anos e comprovaram que Angra 1 segue com total segurança para entregar uma energia firme e limpa para o desenvolvimento do Brasil”, disse.
Com capacidade de 640 megawatts, Angra 1 é crucial para o fornecimento de energia no Brasil. Ela atende à demanda equivalente à de uma cidade de 2 milhões de habitantes e contribui continuamente para o sistema elétrico nacional.
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Entre 2023 e 2027, o investimento em Angra 1 será de R$ 3,2 bilhões. Nos primeiros quatro anos, cairão quatro parcelas de cerca de R$ 720 milhões. A Eletronuclear aportará os outros R$ 320 milhões em 2027.
Desde que começou a operar comercialmente, em 1985, depois ser adquirida da norte-americana WestingHouse, Angra 1 consolidou-se como um pilar da matriz energética do país. Em 2022, a usina produziu 4,78 milhões de megawatts-hora.
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