Projeto para produzir fertilizantes no Brasil consegue US$ 30 milhões na Bolsa de Nova York

Uma empresa criada para minerar potássio na Região Norte do Brasil conseguiu captar US$ 30 milhões na Bolsa de Nova York. Trata-se da Brazil Potash, companhia com matriz no Canadá, cujo principal projeto é a extração do mineral em jazidas no município de Autazes, no interior do Amazonas.

A subsidiária brasileira da companhia recebe o nome de Potássio do Brasil. A verba foi levantada por meio de uma oferta pública de ações e deve ser usada para viabilizar as operações nas reservas de Autazes. As jazidas no município estão entre as maiores do planeta — e podem mudar a relação de dependência dos agricultores com o mercado externo para conseguir esse insumo.

Potássio para o Brasil

Atualmente, o setor depende da importação para abastecer mais de 90% da demanda interna. A mina de Autazes tem potencial para suprir o mercado nacional por 200 anos. Esse mineral é vital para a agricultura do país.

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Entre outras atividades, a aplicação desse fertilizante tornou viável o cultivo nas áreas de cerrado. São essas as terras responsáveis pela maior parte da safra nacional de grãos, como a soja e o milho — carros-chefes do agro brasileiro.

O plantio dessas culturas gerou riqueza e prosperidade a áreas antes consideradas isoladas do restante do país. Onde, décadas atrás, havia apenas mato, surgiram cidades prósperas, sedes de municípios que hoje são fundamentais para a geração de riqueza, renda e desenvolvimento no país.

Riqueza em Autazes

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que a população de Autazes é uma da mais pobres do país. Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita local fechou em R$ 12,3 mil. Ao mesmo tempo, a média nacional ficou em R$ 42,9 mil. Cerca 77% municípios no território nacional conseguiram resultados melhores.

Autazes abriga por volta de 41,5 mil habitantes — em torno de 36,4 mil dependente do Bolsa Família, de acordo com os dados do governo federal. A renda média local, para quem está empregado, é de 1,6 salário mínimo. O projeto encabeçado pela Potássio do Brasil pode mudar essa realidade.

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