Carrefour contesta multa do Ibama no valor de R$ 12,5 milhões

O Carrefour recorre de uma multa de R$ 12,5 milhões do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A punição é consequência de um vazamento de óleo diesel com alto teor de enxofre em uma loja da rede varejista em Santos, em 2021. O incidente resultou na contaminação de praias, morte de peixes e causou mal-estar em moradores locais.

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O Ibama está próximo de concluir o julgamento da autuação, com áreas técnicas prestes a confirmar a infração. A probabilidade é que a decisão obrigue o Carrefour a reparar os danos ambientais que causou. Em caso de confirmação da multa, a empresa ainda poderá recorrer à Justiça em uma instância fora do processo administrativo.

Carrefour aguarda desfecho do julgamento do Ibama

Em comunicado, o Grupo Carrefour Brasil afirmou que já enviou suas justificativas ao Ibama sobre o ocorrido. “A companhia informa que apresentou a defesa e agora aguarda o julgamento”, declarou a empresa.

O problema teve origem no tanque de abastecimento de um gerador de emergência, onde uma braçadeira corroída, responsável por segurar a mangueira de condução do diesel, estourou. O rompimento levou o óleo a escoar para o ralo do pátio.

Esforços para contenção do vazamento

À época, a Defesa Civil de Santos alertou o Ibama sobre o vazamento, que se espalhava pelo canal 6, um dos principais canais que desembocam na praia da região.

Equipes do Ibama, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal se mobilizaram para conter o derramamento. Barreiras e mantas de absorção foram usadas para limitar a propagação do óleo, mas o material acabou atingindo o mar.

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Nem mesmo o fechamento da comporta do canal conseguiu impedir que mais óleo chegasse às praias, mas alguns danos, incluindo a morte de peixes, já haviam sido registrados.

A punição do Ibama é consequência do vazamento de óleo diesel com alto teor de enxofre em uma loja do Carrefour em Santos, em 2021 | Foto: Ibama
O óleo diesel que vazou era do tipo S500, mais espesso por causa dos aditivos | Foto: Divulgação/Ibama

Para limpar as galerias subterrâneas contaminadas, foram necessários jatos de 8 mil litros de água, além de caminhões com sistemas de sucção, deslocados de São Paulo até o litoral. O óleo diesel do tipo S500, mais espesso por causa dos aditivos, também alcançou a praia, infiltrando-se na areia.

Multa aplicada e avaliação do Ibama

A multa que o Ibama aplicou ao Carrefour não se deu apenas pelos danos ambientais diretos. Também, pela ampliação dos prejuízos decorrente da falta de comunicação imediata com as autoridades competentes e pela demora na implementação de ações de contenção.

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