Pelo menos oito veículos blindados da Marinha circularam na região do Complexo do Lins, localizado na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira, 12.
A Marinha, por meio de comunicado oficial, declarou que iniciou uma operação ostensiva. O objetivo é assegurar a proteção de profissionais e pacientes que utilizam o Hospital Naval Marcílio Dias, situado no bairro Lins de Vasconcelos.
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Na terça-feira 10, a capitã de Mar e Guerra e médica da Marinha, Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, levou um tiro na cabeça dentro do hospital. A família dela marcou para as 15h desta quinta-feira uma cerimônia no Crematório São Francisco Xavier, localizado no bairro do Caju, onde o corpo será cremado.
De acordo com informações do Comando do 1º Distrito Naval, a operação na área não tem prazo definido para chegar ao fim. A nota divulgada pela Marinha afirma que o objetivo é proteger a tripulação e os usuários do hospital. Fuzileiros navais realizarão uma ação de presença na região sob jurisdição militar. A área coberta alcança até 1,3 mil metros ao redor da unidade.
A médica participava de um evento da Marinha quando um tiro perdido a atingiu
A médica estava no auditório do hospital quando foi baleada. Ela participava de um evento na Escola de Saúde da Marinha, situada dentro do complexo hospitalar. Equipes de socorro atenderam Gisele imediatamente e a levaram ao centro cirúrgico, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.
Naquele momento, a Polícia Militar realizava uma operação na comunidade do Gambá, no Complexo do Lins. A ação buscava prender suspeitos de envolvimento em roubos de veículos na região do Grande Méier.
Peritos da Marinha e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) concluíram que o disparo partiu de uma posição elevada acima do segundo andar. Gisele estava na sala onde a cerimônia acontecia. A bala atingiu sua testa e ficou alojada na nuca, conforme os laudos preliminares.
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