Perícia mostra que Rio Tocantins não foi contaminado por ácido sulfúrico

A perícia realizada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) indicou que o Rio Tocantins não foi contaminado por ácido sulfúrico e defensivos agrícolas. Três caminhões com os componentes químicos caíram no local com o desabamento da ponte que liga o Tocantins ao Maranhão em 22 de dezembro.

A ANA realizou a análise por meio da água do Rio Tocantins dois dias depois do desabamento da da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. Técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema/MA) realizaram medições preliminares. 

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As amostras foram analisadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Os primeiros resultados, divulgados nesta sexta-feira, 27, indicaram que não houve vazamento de ácido sulfúrico.

Houve a análise de quatro pontos monitorados, localizados entre a ponte e a captação da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), em Imperatriz (MA), a cerca de 120 km rio abaixo do local do acidente. As medições revelaram estabilidade nos parâmetros de temperatura, pH e condutividade elétrica da água.

Avaliação de riscos do Rio Tocantins

Além da análise de ácido sulfúrico e desenfores agrícolas, técnicos da ANA também não detectaram acetomiprido e picloram na água. A substância 2,4-D foi encontrada em Porto Franco (MA) em uma concentração de 0,2 microgramas por litro, muito abaixo do limite de 30 microgramas por litro estabelecido pela Portaria GM/MS nº 888/2021.

Essa concentração é considerada normal para rios que atravessam áreas agrícolas, como o Tocantins. Os resultados da Cetesb confirmaram as análises da Embrapa, não identificando substâncias químicas acima dos limites de quantificação dos métodos utilizados.

No entanto, enquanto o material químico permanecer submerso, existe o risco de rompimento dos recipientes, o que poderia impactar o meio ambiente e o abastecimento público. A ANA destacou a importância de um monitoramento contínuo, sendo estrategicamente escolhidos:

  • Barragem da hidrelétrica de Estreito;
  • Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira;
  • Porto Franco (30 km rio abaixo do acidente); 
  • Próximo à captação de água da Caema, em Imperatriz (MA).

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